essencial

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Essencial

abril 7, 2015

joao-gubolin1Certa vez participei de uma reunião sobre o nosso comportamento, ocasião em que me perguntaram: “o que era essencial para se viver e conviver?” Ali, naquela hora e ambiente de expectativa e timidez, respondi. Mas, a resposta não me agradou, fora insatisfatória. Achei que deveria ser mais completa. Chegando em casa procurei pesquisar, com o objetivo de buscar uma melhor e mais abrangente resposta.

Essencial, conforme o dicionário Aurélio, trata-se daquilo que é indispensável, fundamental, o ponto mais importante. Mas o que é indispensável, fundamental e importante para mim, não é para todos e vice-versa.

A resposta é muito ambígua e varia de pessoa para pessoa, de seu grau evolutivo, cultural, educacional, circunstancial, socioeconômico, e principalmente, da arbitrariedade que tem seus desejos impulsivos e momentâneos. Não somos iguais nem comparando de um dia para o outro.

Na natureza tudo se transforma, quase nem se percebe, assim também ocorre com nosso corpo. Há uma contínua mudança, não só em nosso corpo, mas em tudo que se pensa. Por isso, o “essencial” também acompanha essas mudanças.  Cada transformação que ocorre no universo faz com que soframos seus efeitos. Queiramos ou não, estamos sujeitos às leis de causa e efeito, por isso estamos sempre mudando também.

Veja um “retrato” de há muito tempo!  O “essencial” daquela época era um, como também, atualmente é outro.  Só existe uma coisa permanente no universo: “a mudança”. Então, poderemos nos questionar se o essencial é ter muito dinheiro? Ter boa profissão? Morar numa mansão? Ser bonito? Ter saúde? Sim… Porém, sempre vai existir alguém com respostas contrárias, ou no mínimo, diferentes. O leitor que ler este texto pode discordar de minhas ilações ou não.

Por isso, aquilo que é essencial é muito relativo, pois depende de muitos fatores.  Em minha opinião, o essencial deve ter características divinas, sempre ostentando um conteúdo com muita sensatez, equilíbrio e com a luz da razão, da justiça, que agrade e não agrida; que satisfaça as exigências do momento, ainda que parcialmente, sem prejuízo a quem quer que seja; que vise o caminho do bem, sem dar chance para as coisas más a outrem, e ainda, que se ajuste e se integre às leis da natureza que regem todo o movimentar do Universo e que tem Deus no comando.

Existe “essencial” que não depende de nós, como por exemplo, o pulsar do coração, o sentir do paladar, o ar para respirar, a terra, os mares, as praias, os rios, as florestas com respectivas fauna e flora, a luz do sol a brilhar, a água a jorrar e, consequentemente, a vida a continuar.

Com toda essa riqueza, integrantes da “natureza e obra do Criador”, poderemos viver, essencialmente felizes, dependendo, é claro, do essencial que escolhermos, pois o livre-arbítrio proporciona-nos amplas escolhas, mas credita ou debita o resultado em nossa “conta” e molda nosso destino.

Na verdade para falar do que é “essencial”, acabei culminando nas obras de DEUS, criador de todas as coisas, causa primária de tudo que se pode imaginar, ver e sentir, ELE que é a essência do “essencial pleno”. Portanto, não existe “essencial” em toda sua plenitude sem Deus. Pode até existir, para esta ou aquela criatura, porém, é um “essencial” egoísta, como tantos outros que formam o conjunto dos que estão fora dos desígnios da Divindade.

O “essencial” depende de cada ser, de cada pessoa, do momento, da circunstância, da importância, etc… Como já disse, não consigo enumerar todos os fatores. A escolha do essencial pertence a uma hierarquia de prioridades. Agora, por exemplo, quase meia noite, para mim, o “essencial” é dormir.

No dia seguinte, após “essencial” restabelecimento das energias, voltei para concluir esta redação, pois, o essencial já não era mais dormir. E, com todas estas análises, concluo que nossa vida é formada por aquilo que entendemos ser “essencial”, nas diversas fases de nossas existências, e que tem o comando do livre-arbítrio, é este que tem o poder de escolher, e escolhe momentaneamente, acredito, sempre, o essencial.

Em suma, essencial é produto do livre-arbítrio.

João Gubolin

Nota do editor:
Imagem em destaque disponível em <http://homem.net/saude/>. Acesso em: 07ABR2015.

João Gubolin
João Gubolin

Reside em São José do Rio Preto, interior de SP, onde trabalha como voluntário na Campanha de Fraternidade Auta de Souza na Associação Espírita Allan Kardec e como passista no Centro Espírita Francisco Cândido Xavier. Apaixonado pelo idioma Esperanto, nos últimos anos estuda-o todos os dias e tem participado de vários Congressos acerca da língua.

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