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Humildade e Soberba

maio 10, 2015

A recomendação da Doutrina dos Espíritos é clara: valorizemos sempre os companheiros de jornada terrena, destacando-lhes o esforço e a boa vontade nas tarefas que desempenham em nome do Bem e da Verdade, sem exigir deles a perfeição que ainda não podemos exemplificar no mundo.

Estejamos, portanto, sempre abertos ao bom diálogo, combatendo sensata e racionalmente o extremismo das ideias que ainda brotam do nosso orgulho ferido.

Ouçamos as críticas por, mais ácidas que sejam, verificando com critério o que tenham de bom e aproveitável, anotando as observações e as advertências que nos sejam úteis procurando corrigir-nos no que for possível.

Não façamos como os hipócritas que se imaginam revestidos de uma aura de humildade e sabedoria que ainda não conquistaram e vivem ensinando aos outros lições distorcidas de religião, filosofia e ética.

Não acreditemos também naqueles que aparentam simplicidade e humildade, mas que preferem conviver com quem lhes dispensa elogios, mesmo de forma dissimulada.

Vale lembrar o pensamento lúcido do espírito Emmanuel, pela psicografia do saudoso médium mineiro Francisco Cândido Xavier:

“Não temos o que possuímos, temos aquilo que damos. Acima do que sabemos, vale aquilo que somos. Sobre a própria palavra, olhemos as ações que criamos. Mais além do que podemos, importa o que toleramos. De tudo quanto cremos, vale mais o que fazemos”.

Resumindo, todo homem tem três tipos de caráter: 1) o que ele exibe; 2) o que ele tem; e 3) o que ele pensa que tem.

Ser espírita, sem máscaras, exige intenso e contínuo processo educativo de modificação do espírito por si mesmo. Com educação e respeito pelos outros.

Carlos Antônio de Barros

Nota do Editor

Imagem em destaque disponível em <http://st-takla.org/Gallery/var/albums/Jesus-Christ/06-Jesus-Wash-Feet-of-Disciples/www-St-Takla-org–Jesus-Washing-Feet-05.jpg?m=1419425415>. Acesso em 09MAI2015.