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A responsabilidade do palestrante Espírita

maio 18, 2015

andre-sobreiroUma das tarefas mais comuns nas Casas Espíritas e que, certamente, caracteriza-se por ser das que mais reúnem os prosélitos do “Consolador” é a chamada palestra de cunho doutrinário. Há Centros Espíritas que as realizam mais de uma vez por semana, enquanto outros optam por não tê-las, substituindo-as pelas reuniões de estudos.

Nesse contexto da divulgação dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita, a figura do palestrante mostra a sua importância, pelas imensas responsabilidades que seu trabalho comporta.

Nosso objetivo, nessa singela reflexão, é reunir alguns aspectos dessa importante atividade de divulgação do Evangelho, à luz do Espiritismo.

O primeiro ponto que gostaríamos de abordar é o termo a utilizar. Na verdade, o que realmente gostaríamos é de deixar de abordá-lo… Percebemos que o movimento espírita preocupa-se em diferenciar oradores e palestrantes dos chamados expositores, o que nos parece perda de tempo e de energia mental. Somos, na verdade, tarefeiros do Cristo!

Porém, o principal aspecto que queremos destacar nesse início de abordagem é o conteúdo ofertado pelos divulgadores.

A mensagem espírita precisa ser invariavelmente pautada pelo otimismo consciente (pois a euforia e a ilusão não fazem parte da pregação doutrinária). Não temos o direito de levar aos núcleos espíritas mensagem de desânimo ou pessimismo, embora precisemos conscientizar as pessoas quanto às suas responsabilidades. Abordagens muito drásticas sobre a Lei de Causa e Efeito ou nossa situação espiritual pouco contribuem para o apaziguamento dos corações em lágrimas.

Outra situação importante e interessante sobre a qual podemos refletir é a fidelidade doutrinária. Acreditamos que o divulgador que tenha intenções sérias precisa alicerçar seu trabalho sobre bases sólidas… E essas bases, para os espíritas, são Jesus e Kardec. Pautando nossa divulgação sobre esses dois pilares, estaremos seguros quanto ao rumo das pregações. Quanto ao complemento dos nossos estudos, na tentativa de compreender as bases Kardequianas, busquemos obras seguras e confiáveis. Essas nos possibilitarão o entendimento das bases citadas, bem como a aplicação das mesmas à nossa reforma íntima.

A interpretação criteriosa dos ensinos de Jesus e de Allan Kardec é mais uma necessidade, quando se pensa na divulgação espírita. Essa interpretação não pode ser pautada pelo subjetivismo (“eu acho…”), e as palestras espíritas não são lugares para se divulgar opiniões pessoais (embora as experiências pessoais possam ser comentadas, com o devido esclarecimento). É o mesmo critério da fidelidade doutrinária, dessa vez aplicado à interpretação dos textos.

Interesses pessoais também precisam ser descartados.

O compromisso maior é com o Consolador, que tem por missão consolar. E a fidelidade às bases Kardequianas é fundamental.

André Luiz Lesi Sobreiro

Nota do editor:
Imagem em destaque disponível em <http://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/divaldo-na-feb-rio/>. Foto do auditório da Sede Seccional da FEB, no Rio de Janeiro. Acesso em 18MAI2015.

André Luiz Iesi Sobreiro
André Luiz Iesi Sobreiro

Expositor, dirigente de estudos, trabalhador do CE Portal de Luz e da Rede Amigo Espírita.

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