beleza física

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A ilusão da beleza física

julho 11, 2015

É triste ver principalmente as jovens mulheres colocarem todas as suas forças, gastar todas as suas energias em exercícios, cirurgias e medicamentos para conquistar e manter a beleza física, o corpo bonito, a sexualidade sempre explodindo. É triste porque muitas não medem as consequências, com resultados desastrosos, chegando mesmo à morte. E ainda mais triste porque confundem o corpo com a alma, e colocam no trono o impermanente, pois o corpo nasce, vive e morre, deixando largado na periferia o que é permanente, a própria essência, que é o Espírito.

A esse respeito, o que a desilusão da morte acarreta, pois, na verdade, ninguém morre, o Espírito Marilyn Monroe, através da psicografia de Chico Xavier, no livro Estante da Vida, em entrevista concedida ao Espírito Humberto de Campos, assim se pronuncia:

“Bem, diga às mulheres que não se iludam a respeito de beleza e fortuna, emancipação e sucesso… Isso dá popularidade e a popularidade é um trapézio no qual raras criaturas conseguem dar espetáculos de grandeza moral, incessantemente, no circo do cotidiano (…) O lar é uma instituição que pertence à responsabilidade tanto da mulher quanto do homem. Quero dizer que a mulher lutou durante séculos para obter a liberdade… Agora que a possui nas nações progressistas, é necessário aprender a controlá-la. A liberdade é um bem que reclama senso de administração, como acontece ao poder, ao dinheiro, à inteligência… (…) Concorrendo sem qualquer obstáculo ao trabalho do homem, a mulher, de modo geral, se julga com direito a qualquer tipo de experiência e, com isso, na maioria das vezes, compromete as bases da vida. Agora que regressei à Espiritualidade, compreendo que a reencarnação é uma escola com muita dificuldade de funcionar para o bem, toda vez que a mulher foge à obrigação de amar, nos filhos, a edificação moral a que é chamada”.

Quantas mulheres, jovens ou não, tudo fazem pela popularidade, por se tornarem famosas? Submetem-se a tratamentos sem eficácia comprovada, realizam cirurgias plásticas apenas por estética, fazem implantes os mais diversos, pululam em torno de celebridades para serem fotografadas e terem o corpo bonito estampado nas mídias, se arrepiam só em pensar em ter filhos, e quando os têm, seguem dietas e exercícios para pouco engordarem e o mais rápido possível readquirir a forma corporal de antes. Tudo pela beleza física, pela popularização, numa ilusão sem tamanho, da qual o depoimento da tão conhecida atriz norte-americana não deixa dúvidas.

Todos sabem da vida sem freios que Marilyn Monroe teve, protagonizando escândalos e abusando de sua sexualidade num corpo muito bonito, que lhe acarretou desilusões, estados depressivos, dependência química, a perda paulatina do glamour e a consequente desencarnação em estado espiritual deplorável, como lemos na citada entrevista.

A liberdade, quando confundida com a libertinagem, é qual carro sem freio numa ladeira. Se o homem, ao longo da história, cometeu abusos e excessos de toda ordem, submetendo a mulher à tirania e subalternidade, os direitos iguais hoje alcançados, e sancionados pela lei divina, não significam que deve a mulher tudo fazer, tudo experimentar, acabando por cometer os mesmos erros que outrora mancharam o homem. Ao viver no sabor da ilusão da beleza física e do sexo, avilta a mulher seu caráter, seu senso moral.

E quanto ao sexo, assim adverte Marilyn:

“(O sexo) pode ser comparado à porta da vida terrestre, canal de renascimento e renovação, capaz de ser guiado para a luz ou para as trevas, conforme o rumo que se lhe dê. Não tenho expressões para falar sobre isso com o esclarecimento necessário; no entanto, proponho-me a afirmar que o sexo é uma espécie de caminho sublime para a manifestação do amor criativo, no campo das formas físicas e na esfera das obras espirituais, e, se não for respeitado por uma sensata administração dos valores de que se constitui, vem a ser naturalmente tumultuado pelas inteligências animalizadas que ainda se encontram nos níveis mais baixos da evolução”.

Em dias de poliamor (uma mulher com dois ou três namorados, em livre relacionamento sexual); de pornografia aviltante da mulher pela internet; de péssimos exemplos por parte de atrizes do cinema e da televisão, protagonizando separações e escândalos, na sensualização do erotismo; de gravidez precoce e de alto risco em adolescentes, a advertência do Espírito Marilyn Monroe deve soar como um alerta a todas as mulheres, pois se a ilusão da beleza física e do sexo sem compromisso não carretar maiores consequências durante a existência física, com certeza cobrarão veementemente a mulher após a morte, no retorno à realidade espiritual. Claro fica que os homens que se aproveitaram das ilusões femininas, também responderão prante a lei divina, pois ninguém se compromete sozinho no campo da sexualidade.

A famosa atriz, já neste mundo, amargou processo espiritual obsessivo, envolvida por Espíritos moralmente inferiores, sedentos das energias sexuais, e com eles teve que se confrontar no mundo espiritual, arrastando sofrimentos que preferiu não abordar em seu depoimento, por muito dolorosos para sua consciência.

Se você, companheira de jornada, teve a bênção de um corpo bonito, saiba que isso não se deu por acaso, mas sim devido a um planejamento reencarnatório feito no mundo espiritual, e que lhe compete respeitar o corpo e fazer-se respeitada por todos, caminhando firme na sublimação das energias sexuais, no compromisso maior de aprender a amar, esse sublime sentimento, colocando-se a serviço da regeneração de si mesma, dos filhos, do esposo e da humanidade.

Se dúvidas lhe assaltam, se anseios ocultos emergem, põe Jesus em seu pensamento e em seu coração, rogando-Lhe assistência, e Ele lhe auxiliará, como fez com Madalena e tantas outras mulheres, a quem nunca recusou a palavra e a mão amiga, mas, ouve com atenção, no recôndito da alma, a advertência do Cristo: “Vai, e não peques mais”, e, assim, encontrando a felicidade no prazer de servir ao próximo, vencendo as ilusões do mundo, prossegue firme rumo ao que é essencial, mas invisível aos olhos: o amor incondicional que somente a beleza da alma pode retratar.

Marcus de Mario

Nota do editor:
Imagem em destaque disponível em <http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/10-coisas-que-pouca-gente-sabe-sobre-marilyn-monroe#1>. Acesso em: 11JUL2015.

Marcus de Mario
Marcus de Mario

Escritor, Educador, Consultor e Expositor. Diretor Cultural da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso (Rádio Rio de Janeiro). Diretor do Grupo Espírita Seara de Luz (Rio de Janeiro, RJ). Editor do site Orientação Espírita. Diretor Geral do Instituto Brasileiro de Educação Moral (IBEM).

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