cônjuge

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Quando o cônjuge morre, o outro tem o direito de refazer sua vida sentimental?

dezembro 5, 2015

wellington-balboDia desses recebi email de um jovem, que assim disse:

“Minha mãe morreu há 2 anos, meu pai que ainda é jovem está de paquera com uma moça… Mas e minha mãe? E o que eles viveram? Então ele não a amava?”

R: Meu caro amigo, não se aflija por isso, o lugar de sua mãe no coração de seu pai é cativo, a história que viveram é deles, somente deles… O coração é elástico, quanto mais se ama, mais se cabe amor. Não é o fato de ele querer refazer a vida sentimental que fará esquecer-se de sua mãe. Não se preocupe com isso. Ademais, ele tem todo o direito de buscar a felicidade e não nos cabe podar as iniciativas dos outros que querem encontrar seu lugar ao sol. Sejamos benevolentes e apoiemos as pessoas em busca de sua felicidade. Abençoe seu pai e seu novo relacionamento. Vou confessar-te algo: Também passei por isso, minha mãe se foi e meu pai arrumou outra companheira. Foi a melhor coisa que aconteceu. Pessoa de ótimo caráter trouxe outra família para brindar a vida com a nossa. Pense nisso e seja feliz…

O Espiritismo trata com muita propriedade dos temas que inquietam o coração das pessoas, basta estudarmo-lo para constatarmos que pode responder várias indagações da alma.

Mostra que ninguém é de ninguém, que somos Espíritos em evolução e em busca da felicidade. Sabedores de que o Espírito não morre e continua sua jornada na vida além- túmulo, naturalmente, não morre o amor que sentimos pelos outros e os outros por nós. Em assim sendo, é razoável refletirmos que quando algum ente querido deixa este plano é perfeitamente aceitável que não cultivemos o sofrimento contínuo e nos abramos para um amor que poderá surgir.

Caso surja, vamos vivê-lo. Por que não?

Até porque a ideia de metade eterna é fantasia e não estamos fadados a viver com alguém pela eternidade.

Já tivemos, pelas inúmeras andanças, inúmeros companheiros e companheiras de jornada e o fato de termos nos relacionado com outros não apaga a nossa história com quem quer que seja.

Sim, somos seres que têm uma história!

E, por isso, quem nos ama deverá nos respeitar; respeitar nossas escolhas e quererá nos ver bem e feliz.

Ilustrativa é a história do Espírito de André Luiz que no plano dos Espíritos ao saber que sua ex companheira consumara matrimônio sente uma ponta de ciúmes, mas depois reflete e percebe que o amor é sentimento que não pode conhecer exclusividade.

Reconhece-se o verdadeiro espírita pelos esforços que faz para domar suas más inclinações, foi o que fez André Luiz, controlou-se.

A vida na Terra já não é “bolinho”, se formos nos preocupar em podar a felicidade dos outros e querer anular a vida alheia porque a morte do corpo físico visitou nossa família, iremos complicar ainda mais a situação.

Vida mais leve, mais tranquila, certeza na imortalidade, menos cobrança e fé no futuro…

Isso o Espiritismo nos ensina, por isso é uma doutrina consoladora e cabe-nos divulgá-la, sempre…

Pensemos nisso.

Wellington Balbo

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://mdemulher.abril.com.br/amor-e-sexo/cosmopolitan-brasil/entenda-o-significado-das-maos-dadas>. Acesso em 05DEZ2015.

Wellington Balbo
Wellington Balbo

Professor universitário, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática, Escritor e Palestrante Espírita com seis livros publicados: Lições da História Humana; Reflexões sobre o mundo contemporâneo; Espiritismo atual e educador; Memórias do Holocausto (participação especial); Arena de Conflitos (em parceria com Orson Peter Carrara); Quem semeia ventos... (em parceria com Arlindo Rodrigues).

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