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Não é comigo

abril 26, 2016

AntnioCarlosNavarro2Vivemos um tempo em que muitos problemas se fazem presentes, deixando a impressão que as coisas estão de pernas para o ar, e não há mais solução possível para a natureza humana.

As diferenças sociais, redundando na miséria de muitos e na riqueza de poucos, a violência gratuita, a sexolatria e a viciação química lícita e ilícita, o egoísmo e a vaidade vicejam com força descomunal, a ponto de se entender que se trata da mais absoluta normalidade.

O mundo é assim mesmo e cada um com a sua “sorte”; o importante é ser feliz, dirão os incautos.

Não, o mundo não é assim; o mundo está assim, e por conta dos espíritos ainda infantis que o habitamos. Trata-se tão somente do estágio em que se encontram a maioria dos espíritos que estagiamos no planeta.

Com uma simples observação, fazendo uso da sensatez e da honestidade, verifica-se, com facilidade, que há um sem número de seres humanos diferenciados em variados graus de atuação, fazendo uso de uma nova mentalidade, com parâmetros humanos fundamentados na fraternidade e na dignidade humana, no coletivo, enfim.

Estes são os trabalhadores da última hora a que se referiu Nosso Senhor Jesus Cristo, conscientes de que a seara é grande, e que são poucos os trabalhadores que se dispõem ao trabalho necessário, fazendo uso dos talentos concedidos pela vida segundo a capacidade de cada um.

Trabalham no voluntariado social em suas múltiplas frentes de atuação e também nas instituições religiosas que exercitam a caridade nos moldes do Evangelho.

Em todas as épocas da humanidade o ser humano esteve amparado pela misericórdia  Divina, que lhe envia missionários para lhe ajudar na sua caminhada evolutiva.

“Em todos os tempos houve homens que receberam essa missão. São os Espíritos Superiores encarnados com o objetivo de fazer a humanidade avançar.” (1)

Trata-se, portanto, de ordem natural e os Espíritos Superiores dão o exemplo. É preciso fazer algo além daquilo que naturalmente se pede seja feito para nós mesmos.

À semelhança dos frutos de uma árvore, onde uns amadurecem primeiro que outros, nós também assim o somos, e mais cedo ou mais tarde haveremos de tomar consciência da Lei de Amor, que pede façamos pelo outro o que queremos nos seja feito, vencendo o egoísmo que teima em se fazer presente em nossa cultura.

Enquanto isso não acontece, os enviados do Amor Maior insistem no esclarecimento:

“Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei. Lei divina pela qual Deus governa os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados; a atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.

Nunca vos esqueçais de que o Espírito, seja qual for seu grau de adiantamento, sua situação como reencarnado ou no mundo espiritual, está sempre colocado entre um superior que o guia e aperfeiçoa e um inferior diante do qual tem esses mesmos deveres a cumprir. (2)

É da Lei que façamos algo pelo próximo e pela coletividade, portanto, mudar o mundo é comigo, sim, a começar pelo questionamento de meus valores, meus objetivos, meus interesses, mudando primeiro o meu entendimento e assumindo uma nova postura de atuação, independente se os outros não o fazem.

Trata-se de uma questão individual onde cada consciência, detentora que é da Lei de Deus, sempre fará seu próprio exame, em maior ou menor tempo, resultando em sofrimento ou alegria, segundo suas opções, porque afinal de contas a vida sempre reserva a cada um segundo suas próprias obras.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

Referências:
(1) O Livro dos Espíritos – item 622; e
(2) O Livro dos Espíritos – item 888a.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em
<http://ciudadanosenred.com.mx/infopractica/lo-que-no-debes-hacer-cuando-estas-estresado/>.
Acesso em: 26ABR2016.

Antônio Carlos Navarro
Antônio Carlos Navarro

Estudioso e palestrante espírita. Trabalhador do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto - SP

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