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Você pode ajudar?

maio 16, 2016

joao-gubolin1É comum no convívio diário do ser humano, qualquer que seja a atividade que está fazendo ou que esteja envolvido, surgir algum imprevisto que obrigatoriamente necessita de ajuda! Não importa que tipo de ajuda ou o motivo. E para tal, a pergunta a quem está próximo será proclamada: “Você pode ajudar ?” Ou ainda, “tem alguém que pode ajudar?”

Necessariamente, o ser humano está numa cadeia evolutiva e não vive só, sempre vai precisar um do outro. E quem seria o socorrista? É claro, alguém que está mais próximo e apto ao auxílio ou aquele que se oferecer.

Desde os primórdios da história, o ser humano interage através de pequenos, médios e grandes grupos, formados primeiramente pela família, pela escola, pelo trabalho, clubes, cujo interagir denominamos, sociedade. É aí que o homem tem sua vida testada todos os dias através de obstáculos que gradativamente vai encontrando.

Num grupo de pessoas, de um bairro, de uma  empresa, de uma cidade, sempre vai existir aquele que sabe mais, que se destaca por esta ou aquela característica que o habilita a prestar ajuda. E esta ajuda sempre se concretizará, quer no âmbito material, moral e espiritual, ou seja, é a força da evolução interagindo.

Se for para socorrer alguém que está correndo perigo de vida, será um médico. Se for para ensinar, é claro que será o professor. Para um carro enguiçado, será um mecânico. Esses profissionais estudaram, prepararam-se e ganharam  experiência para tal.  E assim por diante, uns ajudando aos outros, num ciclo desencadeante e contínuo, como também é o caso dos profissionais que se dedicam a pesquisar e estudar em prol de novas tecnologias para o progresso universal.

Normalmente estamos incumbidos de fazer algo. Na natureza segue o mesmo ritmo, tudo tem uma finalidade rumo à evolução, nada fica estático. A vida é um perde e ganha, e neste contexto um ajuda o outro. Estamos, desde a nossa origem, à mercê das mudanças, quer por nós engendradas, isto é, por livre escolha, ou por motivos alheios as nossas vontades. Como diz aquela célebre frase: “só existe uma coisa permanente no universo, a mudança”.  E nesse meio estamos…

Queira ou não estamos vinculados à máxima do Cristo que não prescreve e está atualíssima, onde Ele disse: À quem muito foi dado muito será pedido”. Eis aí o motivo de auxílio ao próximo. Ele deu a dica através dessa orientação de que aqueles que sabem mais e se encontram mais evoluídos, por dever de ofício, de caridade, ou com objetivo intrínseco de evoluir, devem ajudar os que ainda estão no estado de ignorância ou necessitam de ajuda na carreira evolutiva. Mesmo porque, aqueles que estão adiantados atualmente, é porque já foram auxiliados e sobre seus ombros a responsabilidade é maior.

O conhecimento expande a nossa consciência e nos coloca à disposição do trabalho e comprometimento e como exemplo menciono os  trabalhos voluntários. E não são poucos (vide www.google.com.br). Cito apenas um, de Campinas, que saem num grupo composto de médicos, dentistas, enfermeiros, e profissionais de várias áreas que vão munidos de todos os instrumentos para tal mister numa caravana e se instalam lá no meio da Amazônia onde auxiliam pessoas necessitadas. Paradoxalmente o progresso ficaria estagnado, caso não colocássemos em prática aquilo que aprendemos.

Quanto mais ocupamos nosso tempo em prol do bem, da evolução, que é a meta, mais distante estamos da ociosidade. Podemos até, valendo-nos do livre-arbítrio, ficarmos livres de toda essa ocupação e responsabilidade, permanecendo ociosos, não fazendo “nada”, mas também, “não seremos nada, até que um dia a consciência bate à nossa porta e nos coloca a favor do imperativo: “você deve ajudar…”, porque esta é a lei da evolução universal.”

Concluo este tópico com a frase, extraída do livro Nosso Lar, de André Luiz: “A evolução, a competência, o aprimoramento e a sublimação resultam do trabalho incessante.  Quanto mais se nos avulta o conhecimento, mais nos sentimos distanciados do repouso. A inércia opera a coagulação de nossas forças mentais, nos planos mais baixos da vida.  O serviço é nossa benção”.

João Gubolin

Você pode ajudar

Referências:
(1) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVIII, Item 10; e
(2) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, 4ª Parte, Cap. II, Pergunta 637.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em
<http://www.treginsiderblog.com/2011/03/looking-out-for-the-guy-next-door/>.
Acesso em: 16MAI2016.

João Gubolin
João Gubolin

Reside em São José do Rio Preto, interior de SP, onde trabalha como voluntário na Campanha de Fraternidade Auta de Souza na Associação Espírita Allan Kardec e como passista no Centro Espírita Francisco Cândido Xavier. Apaixonado pelo idioma Esperanto, nos últimos anos estuda-o todos os dias e tem participado de vários Congressos acerca da língua.

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