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Casamentos

maio 27, 2016

paulo-lara-redimensionada“O matrimônio na Terra é sempre uma resultante de determinadas resoluções, tomadas na vida do Infinito, antes da reencarnação dos Espíritos… (1)”

Amigo de estudos da Doutrina Espírita, Emmanuel assevera que o casamento é SEMPRE a resultante de resoluções tomadas no mundo espiritual antes da reencarnação do Espírito.

Ora, ‘sempre’ é um advérbio e advérbios são daquelas classes de palavras que indicam em qual circunstância ocorre a ação verbal (certo, professora?). Então dizer que o  matrimônio (ato de casar) é resultante de escolhas tomadas antes da reencarnação, SEMPRE, é não dar margem a dúvidas: as uniões são, invariavelmente (como os próprios advérbios), programadas.

– Não brinca – dirá você -, quer dizer que meu casamento já está programado? Programado por quem? Alguém me consultou?

Pois é, no campo do ‘planejamento reencarnatório’, identificamos três modalidades possíveis, resultantes do grau de lucidez e maturidade espiritual já adquirida (ou não) pelo espírito reencarnante.

Assim teríamos:

1 – sua participação ativa nas escolhas das provas que sofrerá na próxima existência terrena, palpitando e escolhendo o gênero daquelas que quer suportar, para os espíritos que já atingiram certo grau de lucidez e maturidade (1);

2 – a escolha por terceiros, certamente Espíritos mais evoluídos que você, do gênero de provas às quais você irá passar, quando na infância espiritual do indivíduo (2); e

 3 – a imposição da reencarnação e seus revezes (chamamos ‘reencarnações compulsórias’) quando, por inferioridade e/ou má vontade, o Ser em evolução ainda não está apto a entender o que lhe seria mais útil.  Diga-se, esta última modalidade é menos frequente, “porque Deus sabe esperar”, mas nem por isso é rara.

Voltando para o casamento, isso quer dizer que a sua união, o seu casamento específico, foi programado?

Em tese, sim, mas não necessariamente, por paradoxal que possa parecer, pela singela razão de que aquilo que foi adrede programado não necessariamente será cumprido.

Pense comigo: o fato de o enlace (ou a solteirice) ter sido programado, não significa que a programação será levada à risca, não é mesmo? Dito de outra forma: você pode ter programado – ou terem programado para você – que nesta existência terrena você se uniria ao ‘Fulano de Tal’ para, juntos, executarem um programa de aprendizado e crescimento na existência terrena. Estava programado, também, que dessa união resultariam filhos, e você e o ‘Fulano’ receberiam  o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, espíritos que de alguma sorte vocês desencaminharam no passado, para agora reconduzi-los aos caminhos do Bem.

Planejamento; isto tudo estava programado.

Agora suponha que, chegando aqui, você encontra numa dessas micaretas da vida, o ‘Beltrano de Tal’ e se deixe envolver pelos seus encantos: atlético, bonito, musculoso, esportista, aventureiro, que mais você desejaria? Rico, também? Tá bem, então tá: rico, também!

Diga-me: é possível que você jogue fora o seu planejamento prévio em detrimento do Fulano e se una com o ‘Beltrano’, fruto de um encontro casual? Pense bem, antes de responder: você não tem laços nenhum com o Beltrano, nenhuma afinidade com ele, essa união é fruto unicamente do momento, daquela malfadada micareta, enfim, é a isso que chamamos ‘tentação’, não é?

Se a sua resposta for positiva, eis aí o casamento ‘acidental’! Você acaba de jogar fora tudo aquilo que foi planejado, com ou sem a sua participação e envolvimento direto.

– E aí? Tudo estará perdido? Nada se aproveitará? Como ficarão o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho? – perguntará você, aflito por saber o final da história.

Para mim a resposta soa como um GPS-divino:

– “Recalculando a rota”, – dirá o Senhor.

Uma reencarnação é compromisso muito sério e importante na vida do Espírito, de maneira que não nos é possível aceitar que estaríamos relegados ao abandono quando traíssemos os compromissos previamente assumidos. Não. Haverá um ‘plano B’ (e em alguns casos ‘C’, ‘D’ e ‘E’, não é mesmo, Fábio Jr?) para que você possa lograr algum êxito evolutivo na sua reencarnação.

Pois, então, pare e pense! Avalie a sua existência até aqui. Verifique o quanto você já caminhou, do ponto de vista do Espírito imortal. Tente identificar os atalhos e descaminhos em que se meteu, as coisas e os compromissos que você deixou para lá. Sobretudo, pense aonde você quer chegar, quais os pontos em que poderia melhorar. E tente ouvir a voz divina que fala em seu interior: “a duzentos metros vire à direita e adote aquela criança, e cuide daquele velhinho, e entre naquela Casa Espírita”, sei lá…

Meu amigo e minha amiga de estudos Espíritas, tenham em mente o seguinte: um roteiro evolutivo é traçado antes da sua reencarnação – SEMPRE. Nesse roteiro está previsto uma escalada ascendente, sempre ascendente. Imagine que você sai do ponto ‘A’ para chegar ao ponto ‘B’, passando por alguns ‘marcos’ reencarnatórios, dentre eles o casamento.

Pois bem, é possível que entre A e B você, no pleno exercício da sua Liberdade e fazendo uso do seu relativo Livre-Arbítrio, tenha se distanciado de seus objetivos. Que fazer? Urge retomar a rota abandonada e o sentido (em todos os duplos sentidos) da sua existência. Pois é somente ao final dela que aferimos o progresso realizado. Onde estamos e onde deveríamos estar. Enquanto você está a caminho, sempre é tempo de adequar a direção da sua vida para que, ao final, se não estejamos no local planejado, pelo menos estejamos o mais perto dele possível.

– Recalculando a rota -, dirá o GPS-divino instalando em nossas consciências, buscando dirigir-nos para o fim colimado.

‘Sempre’ é tempo. Advérbio de tempo. Como ‘agora’.

Paulo Lara

Casamentos

Referências:
(1) O Consolador, questão 179.
(2) O Livro dos Espíritos, questão 258.
(3) . . . questão 262.
(4) . . . questão 262-A.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://www.goodfon.su/wallpaper/kolca-ruki-obruchalnye.html>. Acesso em: 27MAI2016.

Paulo Lara
Paulo Lara

Trabalhador da última hora junto ao Grupo Espírita Esperança e Caridade de São José do Rio Preto, Interior do estado de São Paulo.

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