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A Nobreza da Lealdade

junho 1, 2016

francisco_rebouças“Mas o fruto do Espírito são a caridade, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade.”. (Gálatas: capítulo 5º, versículo 22.)

Ser leal é antes de tudo dever de todos nós, particularmente, nós espíritas. Lealdade esta, que deve ser transmitida nas mais comezinhas atitudes que empreendemos em nosso procedimento em qualquer lugar ou atividade da qual fizermos parte, com tantos quantos conosco se relacionarem.

“Ao sabor das emoções mudam de opiniões aqueles que não possuem forças morais capazes de se fixarem nos ideais de enobrecimento.
Irrefletidos, aderem às ideias em voga sem mais acentuado esforço de exame, de penetração, de amadurecimento. Sob estímulos novos, abandonam convicções e atitudes, transferindo-se mui facilmente de comboio, com preferência por aquele onde governa a insensatez.
Insatisfeitos aqui e ali em qualquer lugar, são instáveis emocionalmente.
Fidelidade! – eis o que escasseia nos diversos labores humanos.” (1)

Ser leal é não se deixar embriagar pelo tóxico das facilidades que nos aparecerem, no intuito de nos fazer agir de maneira desonesta ou desrespeitosa, em confronto com os ensinos do Cristianismo apregoado pelos Imortais da Vida Maior na codificação do Espiritismo, devendo, pois, viger em nossos atos atitudes, pensamentos e palavras.

A pessoa que age sempre de forma leal com seu semelhante torna-se digna da proteção dos Benfeitores da humanidade, sendo por eles considerado um seguidor das orientações contidas no evangelho de Jesus, que lhe norteia o procedimento de conformidade com a verdadeira moral cristã, e por essa digna maneira de proceder, sente-se leve, alegre, disposto e feliz.

Em contrapartida, aquele que não age com lealdade para com seu semelhante estará sujeito, por isso mesmo, mais cedo ou mais tarde, às colheitas amargosas de sua infeliz plantação, que lhe deixarão sequelas de difícil transposição, pois a consciência que age de forma desleal, falsa, desonesta e etc., não conseguirá conservar-se equilibrada diante das Leis Divinas, que lhe fazem morada no imo do SER desde o momento de sua criação. E seu comportamento em desacordo com tudo o quanto lhe está intrínseco altera-lhe a harmonia interior, impondo-lhe enormes danos dos quais não conseguirá livrar-se, senão a peso de muitas dores e sofrimentos.

Sua consciência exigir-lhe-á uma atitude digna como lhe foi inserida pelas Soberanas e imutáveis Leis de Deus que não podem ser alteradas ou mesmo desrespeitadas sem que seu agente sofra as normais consequências que o sentimento de culpa lhe proporcionará alterando-lhe o equilíbrio emocional, impondo-lhe a devida reparação.

Reveste-se de grande importância para nós seres humanos, a ação condizente com os padrões da ordem e da decência, pois fomos criados para tornarmo-nos perfeitos, e a perfeição não pode ser alcançada por quem quer que seja senão através do desenvolvimento das virtudes, entre elas a da lealdade, que como outras tantas, é dispositivo que utiliza o Ser para galgar patamares cada vez mais avançados, em direção a tão sonhada e “distante” felicidade.

“Se aparece oportunidade, algo façamos para testemunhar-lhes apreço.
No pensamento, guardemo-los todos em vibrações de entendimento e carinho.
Na palavra, envolvamo-los na benção do verbo nobre.
Na atitude, amparemo-los quanto seja possível.
Em todo e qualquer processo de ação, fortalecê-los para o bem é o nosso dever maior.
À frente, pois, daqueles que se te afiguram desnorteados, estende o coração e as mãos para auxiliar, porque todos estamos no caminho da evolução e, segundo a assertiva do nosso Divino Mestre, ‘com a medida com que tivermos medido nos hão de medir a nós’.”. (2)

Que não nos descuidemos, sob nenhum pretexto, da atitude leal em qualquer de nossas atividades, sejam elas no campo familiar, profissional, social, religioso e etc, entendendo desde já que o homem leal é um fiel representante da mensagem do Cristo de Deus no dia a dia da vida de nossa sociedade ainda tão desprovida desse nobre sentimento.

Francisco Rebouças

Referências Bibliográficas:
[1] Franco Divaldo Pereira, pelo Espírito Joanna de Ângelis – Livro: Convites da Vida. Cap. 24
[2] Xavier Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel – Livro: Palavras de Vida Eterna. Cap. 76

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://indikabem.com.br/wp-content/uploads/2014/09/hand.jpg>. Acesso em 31MAI2016.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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