
Um brinde à Vida!
Uma criança não é só uma criança. É um espírito imortal que veio compartilhar da existência dos membros de uma família, e que comumente faz parte da história pregressa daqueles que o recebem e em quem confiou.
Nenhum bebê é imposto, é compromisso afetivo assumido voluntariamente pelos futuros pais (em geral, antes da própria encarnação), mesmo que disso só recordem do lado espiritual da vida ou, infelizmente, o rejeitem como se nunca o tivessem querido.
Um bebê pode ser alguém que se ama há muito tempo, ou vinculado à vida dos genitores por outros laços menos nobres, mas que serão, positivamente, reconstruídos na oportunidade da relação paterno-filial.
Vida carnal é oportunidade de evolução, é benção! Além de uma infração às leis da natureza (divinas!), o aborto é grave erro, opção não, raramente, escolhida por motivos egoísticos – nesse caso não é o corpo da mãe sendo transgredido por uma vida, mas uma vida que está sendo violada por causa do corpo ou vontade dos pais.
Mais que isso, o aborto é um crime!
Crime contra Deus que sabe o melhor tempo de todas as coisas.
Crime contra a pessoa que o comete, pois se arrependerá (se não hoje, amanhã) e terá que colher o resultado da amarga semeadura, fora os riscos que trará à própria saúde.
Crime também contra o espírito reencarnante, que acreditou em seus genitores de que entraria na escola do corpo físico, onde aprenderia a amar, adquiriria virtudes, podendo vir, ao contrário, na morte cruel e dolorosa, despertar sentimentos adormecidos que ainda não controlou por completo, tais como ódio, raiva, mágoa e desejo de vingança.
Toda criança vem quando deveria vir – e através de quem esteve na situação apropriada para gerar sua existência física. Talvez possa aparentar ser, a gestação, o resultado de um “acidente”, mas Deus não brinca com a vida.
Se alguém não quer uma criança pelas dificuldades que enfrentará por causa dela, que reflita se achará mais fácil sentir culpa pela morte de um ser que não pode se defender, que foi aceito e gerado para depois ser desprezado, submetido à crueldade do veneno ou do desmembramento desumano, que perdeu uma oportunidade de renascer, aprender e evoluir. Sim, é duro ler isso, mais duro é ser a vítima dessa decisão.
Gostaria de passar a mão na barriga de cada mãezinha e dizer-lhe “confie”! Talvez esse filho seja o que veio para sustentar sua velhice, dar-lhe a mão durante todos os anos de sua existência, seja aquele que a amará mais incondicionalmente!
Jamais se decida o destino de uma criança que não pode lutar por si mesma, em momento de mágoa, raiva ou dor. Por vezes, a questão é o pai, mas ele e o bebê não são a mesma pessoa. Nenhuma mágoa ou rancor justificará a morte infamante, será apenas uma transferência de sentimentos sob falsa justificativa, a qual não auxiliará em nada a existência.
Na pior das hipóteses se, absolutamente, impossível manter a criança, que não a mate, não a aborte! Dê-lhe a oportunidade de nascer assim como nascemos todos que recebemos esta mesma oportunidade.
Tantas mulheres imploram a maternidade através da adoção, pois o corpo físico de hoje lhes negou essa possibilidade: consequência talvez de atos num passado em que desprezaram a maternidade, propagaram a morte, tomaram filhos alheios, ou por terem escolhido a infertilidade para mostrar ao mundo que a impossibilidade de gestar não é impossibilidade de amar! Quantos homens e mulheres desejosos de serem pais e mães daqueles que não são nascidos da própria carne, mas que serão seus filhos!
“Mãezinha”, “paizinho”, imaginem o sorriso do bebê, seu filho, ao chamá-los assim. Serão, para ele, Deus na Terra, Luz na escuridão, Amor em forma de abraços. As dificuldades passarão e o bebê crescerá retribuindo qualquer esforço emocional e físico que fizerem no presente!
Um brinde à Vida! Ninguém ama mais que aquele que escolheu amar quando podia odiar, rejeitar ou destruir.
Vania Mugnato de Vasconcelos
Nota do Editor:
Imagem em destaque é foto-montagem de imagens obtidas de diversos sites.
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