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Santa Madre Teresa de Calcutá

outubro 8, 2016

divaldo_franco_menorNa semana passada (11 a 17/09/2016), o Papa Francisco elevou aos altares da Igreja Católica Apostólica Romana como santa Madre Teresa de Calcutá, que fora beatificada por um dos seus antecessores, o papa João Paulo II. Como sou um grande admirador desse venerando anjo da caridade, estou tomado de grande emoção, embora pertencendo às fileiras da doutrina espírita, o que não invalida o respeito que nós, os espiritistas, mantemos por todas as criaturas. Desde o momento em que ela retornava de um labor de reflexões em outra cidade, que teve a perfeita visão em torno de uma cruz na clausura do mosteiro em que laborava. A figura de Jesus mantinha sob os pés os dizeres: Tenho sede.

Ela perguntou-se qual fora o líquido que Lhe haviam dado na cruz antes da Sua morte e recordou-se do vinagre e do aloés que Lhe umedeceram os lábios num tecido molhado e posto na ponta de uma lança. Ato contínuo, perguntou-se o que ela própria Lhe estava oferecendo, já que Ele continuava com sede de amor, e teve a coragem de constatar que permanecia presa a dogmas e cerimônias, bem como ao curso de inglês que ministrava a meninas da classe média alta no Colégio do Convento.

Naquele momento, nasceu a cristã corajosa que enfrentou as dificuldades tremendas que dominavam as religiões indianas e a própria Igreja, e passou a ser a caridade viva. Seriam registrados os seus gestos de abnegação, amor e renúncia absoluta em favor dos “filhos do calvário” a que se referira Jesus.

Hansenianos abandonados, tuberculosos esquecidos nos guetos de miséria, crianças em estado deplorável, famílias despedaçadas passaram a receber o seu amparo e das suas filhas espirituais, que vieram depois e a humanidade não mais foi a mesma. Centenas de milhares de leprosos foram arrancados das furnas em que se encontravam, das latas de lixo onde eram jogados para morrer mais rapidamente e demonstrou que a caridade é a flor mais bela produzida pelo amor.

A partir de então, Jesus fez-se esperança dos desfavorecidos.

Divaldo Pereira Franco

Publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 22/09/2016
Divaldo Franco escreve no jornal A Tarde – Coluna Opinião – às quintas-feiras (quinzenalmente).
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Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://www.noticiasdealagoinhas.com.br/wp-content/uploads/2016/09/Madre-Teresa-De-Calcuta.jpg>. Acesso em 08OUT2016.

Divaldo Pereira Franco
Divaldo Pereira Franco

Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil, reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade, fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

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