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Se fosse invisível

outubro 19, 2016

antonio_carlos_navarroAssistimos a um filme, nesse último fim de semana, onde um dos personagens era uma criança invisível. Para ser melhor percebido tornava-se necessário vestir-se cobrindo partes do corpo, com as mãos e cabeça permanecendo invisível.

A condição do personagem nos chamou a atenção para a seguinte questão: se eu me tornasse invisível aos olhos humanos, como agiria? Qual seria meu comportamento? Onde iria?

Existe em nosso mundo social a figura dos invisíveis, que são aqueles que em função de sua simplicidade, ou de suas posições sociais e profissionais, não são “vistos” por grande parte dos seres humanos, em evidente atestado de falta de amor e respeito ao próximo.

Existem também os seres vivos realmente invisíveis, os Espíritos desencarnados, que convivem em nosso meio, “acotovelam-se” conosco, frequentando os mesmos ambientes que frequentamos, atraídos sempre pelos nossos pensamentos e vontades. Isso no lar, no trabalho, na rua, enfim, onde estivermos. Daí a necessidade de vigiarmos os nossos pensamentos e desejos, e orarmos para afastá-los quando menos felizes protegendo nossa casa mental, conforme nos orientou o Senhor Jesus.

Voltemos à condição da possibilidade de adquirirmos o poder de nos tornarmos invisíveis, enquanto encarnados.

Qual seria nosso foco da atenção? Seria buscar saber o que falam na minha ausência? Ou bisbilhotar a vida alheia? Ver o que as pessoas fazem entre quatro paredes? Ou respeitaria as pessoas como se deve respeitá-las em qualquer condição?

Bem, a Doutrina Espírita tem nos mostrado a necessidade do desenvolvimento moral para que possamos nos tornar pessoas mais realizadas e, consequentemente, mais felizes.

Se tivéssemos a condição de invisibilidade real, não estaríamos isentos da Lei que chamamos ação e reação, porque a Lei Divina alcança todos os espaços da Criação, e por isso, em caso de mau comportamento, mais dívidas a serem resgatadas no futuro, com o devido peso da responsabilidade pelo conhecimento já adquirido.

Não resta alternativa, caso o poder da invisibilidade fosse possível, senão o comportamento sadio, evangelicamente falando, comprovando, na prática, que o que se faz às claras, também se deve fazer às escondidas, porque, como advertiu Nosso Senhor Jesus Cristo, não há o que se faz encoberto que não seja revelado.

E você, caro leitor deste ensaio, o que faria em caso de ter a possibilidade da invisibilidade?

Ah! Não nos esqueçamos de que, pela porta do desencarne, em um dia que não temos como prever, realmente nos tornaremos invisíveis aos olhos dos encarnados.

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

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Nota do editor:

Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://www.mnn.com/green-tech/research-innovations/stories/scientists-invent-not-1-not-2-but-3-new-invisibility-cloaks>. Acesso em: 18OUT2016.

Antônio Carlos Navarro
Antônio Carlos Navarro

Estudioso e palestrante espírita. Trabalhador do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto - SP

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