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Oficina de estudo e solidariedade

outubro 28, 2016

cesar-perriHá alguns anos atrás em mensagem psicografada por Divaldo Pereira Franco, em ambiente familiar, a citação das Cruzadas veio à tona. (1)

O assunto nos interessava e algum tempo depois surgiram várias situações novas.

Em livro nosso Além da descoberta. Brasil, 500 anos comentamos que: “A vida física é uma grande viagem. Nesta romagem faz-se várias outras – entre sonhos e realidade.” E, na apresentação registramos o depoimento: “[…] entre os sonhos da vida, vivenciamos uma experiência notável, sentindo-nos transportados para uma situação que, talvez, reproduzisse momentos de lutas, de tilintar de espadas e do ruído estrepitante do fogo. Eis que surge um instante de iluminação.” (2)

Entre autênticos sonhos e viagens, penetramos num mundo novo vivencial, e entramos em contato com uma instituição que promove a comunhão de homens livre e de bons costumes que estimula a prática da fraternidade. Parecia uma autêntica escola e as pessoas nos reconheciam como irmão. Sentimos inspirações no lema da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Entre viagens e sonhos aprendemos muito e em nosso íntimo ressoam as palavras frequentemente repetidas nos ambientes que percorremos: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.” (3)

Nas oportunidades de estudos vinha sempre à mente nossa condição de espírita e a preocupação de trabalhar numa vertente espiritualista e espírita, mas dentro da inspiração dos estandartes das academias diferentes: um destacava a figura histórica Jacques De Molay e o outro evocava ideias centrais como pensamento e luz.

Aí lembramos da mensagem psicográfica de Divaldo e revigoramos o interesse pelos estudos sobre Jacques De Molay (1244-1314), o líder da Ordem dos Cavaleiros Templários, e que é autor de mensagem espiritual recebida na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e publicada por Allan Kardec na Revista espírita, dirigindo-se a um dos presentes: “[…] Uma sociedade de irmãos, de amigos, de homens cheios de boa vontade, que só desejam uma coisa, conhecer a verdade para fazer o bem.” (4)

Entre novas visões, estudos e viagens, aportamos no continente europeu e Portugal e Espanha nos proporcionaram locais históricos e o acesso a livros notáveis.

Assim, à guisa do quinto centenário da descoberta do Brasil, escrevemos o livro Além da descoberta. Brasil, 500 anos. O Prefácio foi assinado por Wilson Garcia. Aliás, não foi “ao acaso” porque este companheiro e Eduardo Carvalho Monteiro, em diversos momentos, apareciam nas nossas viagens durante o trânsito em uma academia diferente.Nesse livro exploramos fatos que precederam as grandes navegações dos séculos XV e XVI e, inclusive, depois o “achamento” do Brasil, como resultante das ações predecessoras da “internacional” Ordem dos Cavaleiros Templários, transformada em Ordem de Cristo, em Portugal, onde contou com a ação exponencial do Infante Dom Henrique. No desembarque de Cabral nas novas terras, foi fincada a bandeira da Ordem de Cristo. A partir daí, fatos históricos e obras psicografadas por Chico Xavier, garantiram o desenrolar de episódios até nossos tempos. Trabalhamos a ideia do papel espiritual e fraterno que nosso país poderá desempenhar no concerto das nações.

Ao mesmo tempo em que conhecíamos um mundo novo e elaboramos um livro – fruto daqueles momentos marcantes -, viemos a conhecer outros cenários em função de compromissos com os irmãos da notável academia, como visitas a novos ambientes em Araçatuba, a nossa terra natal, e até o tradicional e antigo Palácio do Lavradio, no centro da cidade do Rio de Janeiro, palco da ação de artífices destacados da história brasileira. Chegamos a conviver com o ambiente de representação junto ao parlamento federal em Brasília, onde a visão geral e política se ampliou.

Ao mesmo tempo, cresceu o nosso respeito a Léon Denis, e que se entusiasmava e se emocionava com a temática sobre Deus. Vianna de Carvalho, orador inflamado e semeador de núcleos espíritas em nosso país. Entre muitos casos, destacamos um grupo de obreiros que anonimamente prestou intenso apoio solidário ao trabalho pioneiro de Benedita Fernandes – a dama da caridade -, em nossa cidade natal, nos anos 1930/1940.

A experiência de conhecer outros ambientes além da seara espírita foi importante para se ampliar visões, como adentrar em uma academia diferente, que estuda mas que trabalha continuadamente, como se diz, de Sol a Sol, junto à tessitura social.

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Referências Bibliográficas:
1) Franco, Divaldo Pereira; Carvalho, Antonio Cesar Perri. Pelo espírito Lourival Perri Chefaly. Em louvor à vida. Salvador: LEAL. 1987;
2) Salmos, 133.1;
3) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Além da descoberta. Brasil, 500 anos. Capivari: EME, 1999;
4) Kardec, Allan. Trad. Abreu Filho, Júlio. Revista Espírita. Cap. Instruções dos espíritos. O Espiritismo e a franco-maçonaria. Edição de abril de 1864. São Paulo: EDICEL.

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://www.disc.com.br/Content/UserFiles/Image/ImageBank/domine-post6.jpg>. Acesso em 28OUT2016.

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Antonio Cesar Perri de Carvalho
Antonio Cesar Perri de Carvalho

Ex-presidente da Federação Espírita Brasileira (interino de 5/2012 a 3/2013 e efetivo de 3/2013 a 3/2015); membro da Comissão Executiva e Primeiro Secretário do Conselho Espírita Internacional; Membro do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier.

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