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Separações Afetivas

novembro 12, 2016

divaldo_franco_menorAumenta, consideravelmente, em nossa cultura, a separação conjugal, a desunião matrimonial, a indiferença no relacionamento afetivo.

A solidão toma conta das criaturas tornando-as fantasmas atormentados.

Os sonhos de uma afetividade repleta de bênçãos, constituindo uma família harmônica, cedem lugar a verdadeiros combates domésticos que culminam em separações lamentáveis.

As facilidades de relacionamentos sexuais descomprometidos, a ausência de pudor que, predomina, em quase todas as esferas sociais, tornaram o amor descartável, de breve duração e sem maturidade para suportar os desafios existenciais. É surpreendente a ocorrência, quando sucede em uniões, aparentemente, seguras e estáveis, com existência de longo prazo, apresentando-se como “falta de amor”, desaparecimento da empatia e do interesse afetivo na comunhão conjugal.

Dilaceram-se famílias, criam-se traumas de difícil solução em filhos imaturos que não compreendem os problemas dos pais, nem são devidamente informados, muitas vezes, lançados pela imprevidência de um deles contra o outro. E passam a conviver com pessoas estranhas, que substituem, provisoriamente, aqueles que eram o sustentáculo da sua vida, o amor das primeiras horas, o anjo abençoado dos seus dias.

É certo que uma separação pacífica é muito melhor do que uma convivência litigiosa. A verdade, porém, é outra. As separações nascem, quase sempre, de falsa necessidade de novos parceiros, de prazeres fáceis e ligeiros, de fazer-se parte das redes sociais.

A decadência moral que se avoluma, assustadora, prognostica um futuro sem família, filhos órfãos de pais vivos, desinteressados, uma sociedade sem raízes afetivas, assinalada pelos transtornos afetivos e desajustes emocionais.

Um pouco mais de maturidade psicológica e de amor real poderiam modificar esse comportamento, quando as criaturas se dispam do egoísmo, do direito de posse sobre o outro, dando-lhe o direito de ser humano e agir como tal.

Divaldo Franco

Publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 03/11/2016.
Divaldo Franco escreve no jornal A Tarde – Coluna Opinião – às quintas-feiras (quinzenalmente).
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Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://ocdsprovinciasaojose.blogspot.com.br/2015/08/o-que-tem-destruido-tantos-casais.html>. Acesso em 12NOV2016.

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Divaldo Pereira Franco
Divaldo Pereira Franco

Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil, reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade, fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

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