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Ser inteligente é saber fazer escolhas

dezembro 1, 2016

francisco_rebouçasQuando tratamos do tema livre-arbítrio, é conveniente não esquecer que depende apenas de nós, fazermos as escolhas mais adequadas para a construção da nossa paz íntima. Podemos escolher viver com alegria, otimismo e esperança em dias melhores no nosso porvir, ou nos deixar enveredar pelos caminhos da tristeza, do pessimismo do desespero pela falta de fé em Deus e em nós mesmos, mergulhados em abismos de dores e sofrimentos.

Basta, simplesmente, que continuemos olhando a vida pelo acanhado prisma da vida material, esquecendo de que somos criaturas imortais, criados para a felicidade e para a pureza espiritual, e deixemo-nos arrastar pelo pessimismo deflagrado, assombrosamente, pela mídia através dos diversos órgãos de comunicação que, propositadamente, buscam a satisfação de seus objetivos financeiros para lograr lucros exorbitantes não dando a mínima para as consequências das notícias que divulgam de tragédias, crimes, corrupção e etc., fomentando o medo, o desalento, a violência, a desarmonia e a aflição.

As criaturas já bastante sofridas pelos embates naturais da vida deste mundo de provas e expiações como o nosso, em que seus habitantes são, necessariamente, endividados perante as Leis Naturais, bombardeadas pelos tóxicos deletérios de notícias desse teor, dificilmente, não se deixam levar pelos sentimentos negativos que lhes aumentam o grau de sofrimento interno, e lhes agigantam as incertezas do que vem pela frente. Daí, o elevado número de pessoas desiludidas, com depressão, e até mesmo com tendências ao suicídio, como forma de saída para seus problemas centuplicados por essa mídia maliciosa.

Urge procuremos despertar para o roteiro de vida abundante de que Jesus nos falou em todas as oportunidades em que esteve conosco, quando nos asseverou que “há muitas moradas na casa do meu pai”, ou ainda quando nos assegurou que seu “Reino não é deste mundo”, para que desde então enxergássemos a vida de outra maneira, não nos deixando escravizar pelos ilusórios e fugidios bens materiais, e déssemos um pouco mais de atenção aos verdadeiros bens morais que nos garantirão um benefício incalculável na vida de Espíritos imortais que somos.

Por essa razão, não podemos prescindir de vivenciar os princípios de moralidade contidos no Evangelho de Jesus se, desejarmos desfrutar de uma situação melhor em nossas próximas oportunidades reencarnatórias, o que só nos será possível exercitando a mensagem de amor que Ele nos pregou através de palavras e atitudes, para que aprendêssemos a fazer aos outros, o que gostaríamos que os outros nos fizessem, conforme ensinamento dos Espíritos Superiores. Isto porque, temos a faculdade do livre-arbítrio e de decidir o caminho a percorrer de acordo com a nossa própria vontade e discernimento, sem aceitar influências exteriores.

Léon Denis no Livro “O problema do Ser do Destino e da Dor” no capítulo XXII esclarece-nos que:

“O livre-arbítrio é, pois, a expansão da personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário querer sê-lo e fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões baixas, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo da razão.” (1)

Sabemos que o livre arbítrio é limitado, a princípio, mas vai se expandindo à medida que o homem cresce em conhecimento, quanto mais evoluímos intelectual e moralmente, mais ampliamos o livre arbítrio e maiores são nossas possibilidades de fazer boas escolhas no campo da vida, alavancando, com isso, nossa ascensão aos planos mais elevados da nossa verdadeira Vida.

Em relação ao desenvolvimento de nossas possibilidades, Jesus nos recomendou “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus – (João, 8: 32). Também Kardec registrou em o Evangelho Segundo o Espiritismo a mensagem que segue: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”. (O Espírito de Verdade, Paris, 1860, Cap. VI, item 05).

Na questão seguinte do Livro dos espíritos, podemos ler:

629. Que definição se pode dar da moral?

“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.” (2)

A Benfeitora Joanna de Ângelis, pela psicografia de Divaldo Franco, no Livro Vigilância, em seu capítulo 4, nos informa:

“A função básica do conhecimento é a libertação da ignorância, com a consequente responsabilidade moral. Quem sabe, melhor avança, mais seguro se movimenta. O Conhecimento espírita, por sua vez, possui a superior característica de mudar para melhor a estrutura moral e emocional da criatura, a fim de que esta logre vencer os testes da evolução, a que todos são submetidos, no processo natural de crescimento interior e aquisição de paz…”

Ainda em O Livro dos Espíritos item (a) da pergunta 780, os Imortais nos esclarecem que o progresso intelectual é imprescindível para nos proporcionar uma escolha capaz que nos ajude a encontrar a paz e felicidades que todos almejamos.

a) – Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?

“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”

Finalizando gostaríamos de reforçar o que os Espíritos Esclarecidos nos afirmam: “Nenhum tesouro pode se equiparar ao bem-estar da consciência reta e pacificada em harmonia com os decretos divinos”.

Francisco Rebouças

Nota do Editor:
Imagem em destaque disponível em <http://www.waysup.com.br/wp-content/uploads/2015/08/autoconhecimento.jpg>. Acesso em 01DEZ2016.

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Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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