655 visualizações

Um teste para o Natal

dezembro 14, 2016

richard-simonetti-menorAnunciando o nascimento de Jesus, os anjos prometem paz aos homens, mas há uma condição: A boa vontade. Será que estamos a exercitá-la?

Convido você, amigo leitor, a participar comigo de um teste singelo. Vamos verificar como anda a boa vontade em nós. Há duas opções, envolvendo várias situações.

1 –    O cônjuge nos pede maior empenho em manter a ordem na casa.
a) Proclamamos imediatamente que é o roto reclamando do rasgado e logo passamos a apontar suas falhas;
b) admitimos que andamos descuidados e prometemos melhorar.

2 – O filho vai mal na escola. Reclamam de seu comportamento. As notas são baixas.
a) Aplicamos-lhe uma surra inesquecível e o proibimos de ver televisão durante um mês. Avisamos que é apenas uma amostra do que virá se não melhorar o desempenho.
b) Vamos à escola. Procuramos saber o que está acontecendo. Dialogamos com o filho, buscando ajudá-lo a superar suas dificuldades ou vencer sua desmotivação. Passamos a acompanhá-lo nos deveres escolares.

3 – O pobre bate à nossa porta.
a) Tratamos de despachá-lo logo, estendendo-lhe alguns trocados ou repetindo o surrado hoje não tem nada.
b) Conversamos com ele, analisando suas necessidades para uma ajuda efetiva.

4 – Na casa vizinha acontece uma briga monumental. As pessoas gritam a plenos pulmões, xingam-se, dizem palavrões… Pratos voam.
a) Proclamamos que constituem uma cambada de doidos mal educados, que deveriam morar em ilha deserta. Pensamos em chamar a polícia.
b) Incluímos nossos vizinhos em nossas preces, sem comentários desairosos, reconhecendo que seu lar está com sérios problemas espirituais.

5 – O patrão nos critica quanto à maneira de conduzir nossas tarefas.
a) Ouvimos em silêncio, considerando que a crise anda brava e não queremos perder o emprego, mas, intimamente, ficamos possessos. Vibramos de intensa raiva, desejando, ardentemente, que ele vá para o diabo que o carregue ou que seja atropelado por um trem.
b) Admitimos que devemos amarrar o burro onde o patrão manda e tratamos de fazer o melhor, sem nos agastarmos com ele.

6 –    Um subordinado incorre em falhas.
a) Irritamo-nos e o advertimos diante de seus colegas, ameaçando-o com severas sanções. Damos a entender que poderá ser demitido.
b) Conversamos com ele em particular, procurando orientá-lo com serenidade, sem humilhá-lo ou amedrontá-lo.

7 –    Um conhecido passa por nós e não responde ao nosso cumprimento.
a) Ficamos ofendidos. Sujeitinho orgulhoso! Pensa que tem um rei na barriga! E nos propomos a nunca mais olhar na sua cara.
b) Consideramos que certamente não nos viu ou estava distraído. De pronto apagamos o episódio de nossa mente, sem solenizar o assunto.

8 – O motorista, em excesso de velocidade, comete uma imprudência. Quase envolve nosso carro num acidente de graves proporções.
a) Homenageamos a senhora sua mãe, atribuindo-lhe aquela profissão pouco recomendável. E torcemos para que se arrebente na primeira curva.
b) Agradecemos a Deus não ter acontecido nada de mal, e pedimos aos bons Espíritos que o inspirem a ser prudente, evitando acidentes.

9 – Num grupo começam a falar mal de pessoa ausente.
a) Botamos lenha na fogueira, dizendo que é tudo o que dizem e muito mais.
b) Neutralizamos as críticas, lembrando aspectos positivos de seu comportamento.

10 – Aquele que faz uso da palavra, no culto religioso, estende-se além do razoável, tornando-se prolixo e repetitivo.
a) Ficamos impacientes, olhando a cada momento o relógio, fuzilando o pobre com nosso olhar e torcendo para que providencial afonia encerre sua lengalenga.
b) Presumimos que ele está com dificuldade para arrumar as ideias e conduzir a palestra. Tratamos e ajudá-lo com vibrações de simpatia e boa vontade.

Bem, caro leitor, se você andou transitando pela alternativa a, a boa vontade anda precária.

Se optou, em maioria, pela b, parabéns!

Você está entendendo o espírito do Natal, nos caminhos abençoados da boa vontade e certamente está em paz.

Richard Simonetti

um-teste-para-o-natal

 

Richard Simonetti IN MEMORIAM
Richard Simonetti IN MEMORIAM

Richard Simonetti é de Bauru, Estado de São Paulo. Nasceu em 10 de outubro de 1935 e Desencarnou em 03 de Outubro de 2018. De família espírita, participou do movimento desde os verdes anos, integrado no Centro Espírita Amor e Caridade, onde desenvolveu largo trabalho no campo doutrinário e filantrópico. Orador e Escritor espírita, teve mais de cinquenta obras publicadas.

Deixe aqui seu comentário:

Divulgue o cartaz do seu evento espírita.

Clique aqui
Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá! Como podemos ajudá-lo(a)?