
Reencarnação
A reencarnação explica todas as anomalias da humanidade, sejam sociais ou individuais. Mas, o que é a reencarnação, afinal? É o processo pelo qual passa o espírito em sua jornada evolutiva, através do qual renasce em novo corpo físico após o corpo anterior morrer, de modo que as experiências o eduquem até que esteja puro.
Nada tem sentido sem essa lei!
Não existe justiça sem ela!
Sem a reencarnação a Justiça Divina não faz sentido! Para ser Deus Ele necessariamente deve ter todas as virtudes em grau máximo. Ora, quem consegue perceber as virtudes de Deus olhando apenas o momento atual da humanidade? O que se vê é a liberdade mal utilizada pelo homem, a maldade, a crueldade, a grosseria, o egoísmo, o orgulho! O que se vê sob essa ótica, em verdade, é que Deus não existe ou pior, em existindo não se importa conosco, portanto não é virtuoso a ponto de ser Deus. Seria isso mesmo?
Religião que nega a reencarnação não consegue efetivamente explicar a justiça divina, por isso limita-se a dizer que “é a vontade de Deus” ou que “no céu os que sofrem serão beneficiados”. Talvez devessem dizer também “se houver céu”, afinal, quem de nós é puro o bastante para merecer o céu sem antes a reencarnação dar-lhe condições de purificar-se aprendendo, pela experiência, a ser bom?
Cabe dizer que a reencarnação não é invenção espírita, doutrina científico-filosófica-moral que nasceu em 1857. É conhecimento milenar que admite sem a menor sombra de dúvida o renascimento do espírito em novo corpo físico. Ate a morte perde o sentido com a reencarnação, pois significa que é sempre a vida o que realmente existe!
Sob a ótica espírita reencarnação humana é inadmissível em corpos de animais, pois a alma não pode retroceder – que experiências moralmente educativas teríamos reencarnando num peixe, numa barata? numa lesma? Todas as experiências reencarnatórias tem como objetivo dar ao “aluno” espiritual, novas oportunidades de aprendizado, cujas experiências mostram pela tentativa, acerto e erro, que a consequência sempre voltará a ele na mesma sintonia do ato praticado, portanto, quem quer ser feliz e receber o bem, precisa fazer feliz doando o bem.
E antes que se alegue a impossibilidade de ter vivido uma vida anterior por nada lembrar-se dela, digam o que fizeram há exatos 13 anos, 4 meses, 2 semanas, 5 dias, 10 horas, 6 minutos e 33 segundos…. ora, se você tem mais do que esse tempo de vida encarnada é certo que viveu esse momento, portanto deveria recordar. Não recorda e o viveu? Pois bem, é que a recordação não lhe seria relevante, quiçá poderia até impedir que hoje tomasse novas decisões, preso que estaria ao passado! O esquecimento ocorre apenas durante a vida carnal, não afetando a alma, dando-nos liberdade de agir sem a “prisão” da culpa, do medo ou da obrigação de fazer sem que o coração faça parte dos atos escolhidos.
Em outras palavras, Deus é muito sábio, criou-nos simples, sem conhecimento, colocou-nos na escola da vida, não nos prendeu ao passado pela memória, deu liberdade de ação e nos vinculou às consequências, ensinando assim, vida após vida, a escolhermos o bem. É um fato que todos um dia compreenderemos, o bem que queremos para nós necessariamente deverá ser realizado para o próximo, desse modo um dia seremos uma humanidade repleta de virtudes e bondade!
Vania Mugnato de Vasconcelos
Nota do editor:
Imagem em destaque disponível em
<https://waswirnichtwissen.wordpress.com/2014/09/11/der-fall-jenny-cockell/>. Acesso em 15FEV2017.
Fotos ilustrativas de Mary Sutton (à esquerda) e Jenny Cole (à direita), personagens do filme “Minha Vida na Outra Vida” (“Yesterday’s Children“, Estados Unidos, 2000). A história conta os desdobramentos dos fatos ocorridos com Jenny Cole ao começar a relembrar de sua vida em outra encarnação.
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