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“Quero acabar com a dor…”

outubro 14, 2017

“Que tenham vida, e a tenham com abundância.”
João 10:10

Setembro amarelo” é a campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio e tem como objetivo alertar a população a respeito da trágica realidade demonstrada estatisticamente pelo relatório da OMS- Organização Mundial de Saúde.

 Segundo dados da OMS, cerca de 804.000 pessoas cometem suicídio anualmente, ou seja, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo e no Brasil os números são impressionantes, são cerca 32 suicídios por dia.

As causas que motivaram esses atos extremos contra o próprio instinto de conservação são variadas, porém na sua quase totalidade o comportamento suicida está associado às patologias de ordem mental que talvez nunca sejam diagnosticadas.

De cada 10 casos de suicídio 9 são preveníveis, e após o início dessa campanha, que acontece a nível internacional, há de se esperar que o paradigma do Tabu/Suicídio seja alterado de maneira positiva. Hoje é possível maior esclarecimento quanto a essa psicopatologia. Esquadrinhar protocolos de respostas mais assertivos é medida extremamente urgente. Prevenção salva vidas.

Sentir-se triste durante a maior parte do dia não é um comportamento normal, embora há quem defenda que o seja. Não descobrir a vivacidade nas relações sociais e na coexistência com as pessoas demonstra um comportamento psicoemocional corrompido. Sentir-se sem energia vital, irritadiço e trazer pensamentos negativos, em tempo integral ou na maior parte do tempo, são reforçados indícios de que é hora de falar sobre as “angústias armazenadas ao longo de um período”, pois falar ainda é a melhor solução!

O amor a si mesmo e as coisas da vida devem ser procurados por todos nós. Procurar ajuda clínica, humana e religiosa são iniciativas valiosas para que se possa sentir-se integrado a um grupo social. O sentimento de pertencimento deve ser construído na formação de nossa identidade social, pois compõe uma rede de proteção contra a ideação suicida.

Quando se adoece psiquicamente o julgamento de terceiros deve ser evitado, pois o doente precisa de acolhimento, amparo e “colo”. É como a ave que após a tempestade quer retornar ao ninho. O “ninho familiar” deve ser o porto seguro onde a proteção e o carinho sejam evidentes.

Precioso lembrar que o suicida não quer morrer, ele quer livrar-se da extrema dor moral e emocional que o acompanha. Em períodos de crise sua percepção da realidade está totalmente distorcida, então ele não tem o discernimento que os outros têm. Para ele, sua dor é intolerável, o futuro lhe parece um sofrimento inescapável e sua angústia será interminável. Ilude-se no torvelinho do desespero e planeja sua retirada da vida, assim, sem um “adeus” ou se lançando em despedidas justificadoras sem o lastro lógico da própria consciência trânsfuga.

Verbalizar os nossos estados emocionais é um recurso terapêutico a disposição de todos. Procuremos os amigos, escancaremos o coração e protejamos a nossa oportunidade de viver a vida em plenitude, até porque a vida é um dom e viver é a única alternativa!

Jane Maiolo

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque fornecida pela autora.

Jane Maiolo
Jane Maiolo

Professora de Ensino Fundamental, formada em Letras e pós-graduada em Psicopedagogia. Dirigente da USE Intermunicipal de Jales. Colaboradora da Sociedade Espírita Allan Kardec de Jales. Pesquisadora do Evangelho de Jesus. Colaboradora da Agenda Espírita Brasil. Apresentadora do Programa Sementes do Evangelho da Rede Amigo Espírita.

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