Seguir Jesus em tudo!

Francisco Rebouças
01/03/2018
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Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal.
Paulo: (II Carta aos Coríntios, 5:10)

Grande parte dos aprendizes da mensagem cristã não encara com seriedade o sentido religioso que o Evangelho de Jesus propõe, senão pelo aspecto das atividades de cunho meramente exterior, entendendo equivocadamente que bastará ao cristão comparecer assiduamente as assembleias do segmento religioso que frequenta, e todas as necessidades da Alma estarão atendidas nas relações com o Criador.

Não levam em conta que os ensinamentos do Cristo trazem ínsitos o apelo para a transformação e aprimoramento moral da criatura solicitando dela a realização da parte que lhe compete na implantação e edificação do Reino de Deus no seu e no coração do seu semelhante, em todos os desafios e circunstâncias que a vida lhe proporcionar.

Que adiantará ao homem, zeloso e dedicado aos atos exteriores de sua convicção religiosa, que em seus relacionamentos na família ou na sociedade não se importa em proferir palavrões, em ser descortês, maldoso, maledicente, etc., não basta se declarar seguidor do cristianismo em seu meio religioso, se continua sendo indolente com o sofrimento do próximo, desesperado na dificuldade, imoderado na alegria, blasfemo, inconformado, queixoso nos contatos pessoais revoltado com a vida.

Como entender que seguir o Modelo e Guia da humanidade, significa adular, ou enganar com atos exteriores durante algumas horas semanais, e seguir com todos os arraigados vícios físicos e morais sem o menor esforço de melhoria achar que está apto a se autodenominar Cristão? Não é antes um contrassenso diante daquele que nos esclareceu que o Reino dos Céus não se conquista com aparências?

As lições contidas no seu Evangelho nos mostram ser indispensável aos aprendizes e seguidores que se tornem cartas vivas a serviço do bem e da paz nos diversos caminhos e nas variadas situações que se apresentem no processo evolutivo que estamos inseridos a caminho da felicidade e da pureza para as quais estamos destinados, e que sem o verdadeiro entendimento e vivencia de suas lições não nos será possível alcançar.

E os Imortais nos afirmam que as lições do evangelho são simples e de fácil entendimento conforme segue.

“A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza e da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.

Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso de que a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado”.

Claro está que conhecedor de cada um de seus irmãos em humanidade e sabedor das dificuldades e desafios que ainda teremos que enfrentar com coragem e disciplina, Jesus não nos pede para viver uma vida de santo, porque isso não nos será possível, solicita de cada um apenas o que já estamos suficientemente capacitados a realizar.

Assim sendo, solicita-nos simplesmente cultivar a gentileza, o respeito, a dignidade, a boa vontade, a caridade a compreensão, a vigilância dos nossos pensamentos palavras e atos no trato com o próximo, porque agindo dessa forma estaremos em constante estado de oração sem ser preciso pronunciar qualquer palavra.

Urge dedicar toda atenção quando interpretarmos as lições sublimes ensinadas e vivenciadas por Jesus. Não tem valor algum para nossa vida espiritual as atitudes falseadas para impressionar os outros porque o nosso Mestre e Guia nos asseverou que, nossas atitudes aparentes faz lembrar os sepulcros caiados por fora, mas cheio de podridão por dentro.

Francisco Rebouças

Referência:
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB, 112ª edição, cap. XVII, item 4.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em < https://akiane.com/product/jesus/ >.
Acesso em: 28FEV2018.

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