
A Matéria Mental
A Matéria Mental é estudada pelo Espírito André Luiz no capítulo quatro do excepcional livro “Mecanismos da Mediunidade”, psicografado por Francisco Xavier.
Introduzindo o assunto, o Benfeitor estabelece o ponto de partida:
“Identificando o Fluido Elementar ou Hálito Divino por base mantenedora de todas as associações da forma nos domínios inumeráveis do Cosmo.” (2)
Com essa definição é possível interpretar, com André Luiz, o Universo como um todo de forças dinâmicas, expressando o Pensamento do Criador.
E nesse Universo se superpõe a matéria mental que nos é própria, em agitação constante, plasmando as criações temporárias, adstritas à nossa necessidade de progresso.
Desenvolve ainda o Benfeitor:
“Entre o infinitamente pequeno e o infinitamente grande surge a inteligência humana, dotada igualmente da faculdade de mentalizar e cocriar, empalmando, para isso, os recursos intrínsecos à vida ambiente.”(2)
Deduz-se, então, que o Espírito é, naturalmente, um ser destinado a realizar, a construir, no Universo sem fim, a partir de onde se encontre, o que André Luiz confirma ao dizer:
“Como alicerce vivo de todas as realizações nos planos físico e extra físico, encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda é matéria, a matéria mental…
E, da matéria mental dos seres criados, estudamos o pensamento ou fluxo energético do campo espiritual de cada um deles, a se graduarem nos mais diversos tipos de onda, desde os raios super ultracurtos, em que se exprimem as legiões angélicas,… Passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se exterioriza a mente humana, até às ondas fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica, ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou raios descontínuos.” (2)
Dessa forma, a Matéria Mental ou Pensamento é exteriorizado por ondas que se espalham a partir do mundo íntimo do Ser Pensante.
Continua o Instrutor:
“Assim é que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos ‘quanta de energia’ e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhes imprimem frequência e cor peculiares.” (2)
Aqui podemos compreender que a sintonia com outras Mentes é um fenômeno natural, fundamentado na frequência de seus geradores e, dessa forma, tanto pode-se ser indutores de vontades e desejos, como ser objeto de indução por outras Mentes que se impõem pela vontade firme.
Confirma o Benfeitor:
“Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente, em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.” (2)
Percebamos que o sentimento surge como elemento importantíssimo na escolha das companhias espirituais no cotidiano.
Completa André Luiz:
“É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.” (2)
É disso que trata o Senhor Jesus quando aconselhou o “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.” (1)
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
Referências Bibliográficas:
(1) Mateus, 26-41;
(2) XAVIER, FRANCISCO CÂNDIDO. Mecanismos da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz.
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