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A coroa imperecível

janeiro 7, 2019

Incrível o grau de invigilância da maioria dos discípulos do Evangelho
na atualidade, ansiosos pela coroa dos triunfos humanos

“(…) Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”
– Apocalipse, 2:10

A Vida Futura é o eixo do ensino de Jesus, é a aplicação lógica que justifica as anomalias da vida terrena e se mostra de acordo com a justiça de Deus. O Sermão da Montanha ficaria sem sentido e beleza se não levarmos em conta o componente: Vida Futura. Ele afirmou que o Seu Reino não é ainda daqui, da Terra, e, coerentemente, ensina Kardec:

“que não é deste mundo o Reino de Jesus todos compreendem, mas também na Terra não terá Ele uma realeza? Nem sempre o título de rei implica o exercício do poder temporal. Dá-se esse título, por unânime consenso, a todo aquele que, pelo seu gênio, ascende à primeira plana numa ordem de ideias quaisquer. Essa realeza, oriunda do mérito pessoal, consagrada pela posteridade, não revela, muitas vezes, preponderância bem maior do que a que cinge a coroa real? Imperecível é a primeira, enquanto esta outra é joguete das vicissitudes. A realeza terrestre acaba com a vida; a realeza moral se prolonga e mantém o seu poder, governa, sobretudo, após a morte. Sob esse aspecto não é Jesus mais poderoso rei do que os potentados da Terra?” (1)

Pela psicografia de Chico Xavier, eis as graves reflexões de Emmanuel :

(…) quase incrível o grau de invigilância da maioria dos discípulos do Evangelho, na atualidade, ansiosos pela coroa dos triunfos humanos. Desde longo tempo, as Igrejas do Cristianismo deturpado se comprazem nos grandes espetáculos, através de enormes demonstrações de força política. E forçoso é reconhecer que grande número de agremiações espiritistas cristãs, ainda tão recentes no mundo, tendem às mesmas inclinações”. (2)

“Individualmente, os prosélitos pretendem o bem-estar, o caminho sem obstáculos, as considerações honrosas do mundo, o respeito de todos, o fiel reconhecimento dos elevados princípios que esposaram na vida, por parte dos estranhos. Quando essa bagagem de facilidades não os bafeja no serviço edificante, sentem-se perseguidos, contrariados, desditosos…” (2)

“E vestiram-nO de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça.”

“Mas… e o Cristo?! Não bastaria o quadro da coroa de espinhos para atenuar-nos a inquietação? Naturalmente que o Mestre trazia consigo a coroa de espinhos, de sofrimento e trabalho incessante para os que desejam escalar a montanha da Ressurreição Divina. Ao tempo em que o Senhor inaugurou a Boa Nova entre os homens, os romanos coroavam-se de rosas; mas, legando-nos a sublime lição, Jesus dava-nos a entender que Seus discípulos fiéis deveriam contar com distintivos de outra natureza”. (2)

Rogério Coelho

Referências Bibliográficas:
(1) KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. II, item 4;
(2) XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. 26.ed. Rio [de Janeiro]: 2006, cap. 96;
(3) Marcos, 15:17.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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