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A Cor dos Espíritos

novembro 27, 2019

Em 20 de novembro comemora-se o Dia da Consciência Negra, instituído pela lei federal nº 12.519/2011 para incentivar a sociedade a, continuamente, avaliar as injustiças e os desequilíbrios causados pelo racismo e pelo preconceito ainda existentes no planeta, de modo a estimular a implantação definitiva do respeito e da valorização do ser humano, de forma universal, sem quaisquer tipos de segregações.

Contudo, para os que pensam além das aparências da vida material, que se atentam em considerar o aspecto espiritual do ser humano, a data expande o campo das reflexões, incluindo a alma imortal no contexto. Por tal motivo é que trazemos a seguinte questão: o espírito tem cor, assim como os corpos humanos?

Em “O Livro dos Espíritos”, obra básica da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, há uma explicação interessante na questão 88-a, de que as almas são, figurativamente, falando, como chamas ou clarões, vibrando de acordo com sua pureza espiritual.

Os espíritos melhoram-se no processo de conhecimento e amadurecimento alcançado durante as experiências vividas em suas várias encarnações. Quanto mais moralizado o espírito, maior sua pureza, destarte, se o víssemos em sua essência, concluiríamos que espíritos, como chamas, vibram em cor.

Não se empolguem os preconceituosos! As chamadas raças humanas não têm cores diferentes em seus corpos por causa de seus valores morais. É tão-só efeito da genética, com direito a explicações científicas.

Se as almas emitem uma espécie de “vibração colorida” que resulta do seu desenvolvimento moral, nas “raças” branca, negra e amarela, há espíritos com todo tipo de “cor moral”, vez que em todas há bons e maus, justos e injustos, dignos e indignos.

A cor do corpo físico nada significa, espiritualmente, falando. O preconceito e o racismo são injustificáveis sob todos os aspectos. Não amamos, só desperdiçamos oportunidades de construir uma humanidade solidária e fraterna, julgando o valor das pessoas por suas aparências e cores físicas, quando somente seus valores é que importam.

Até que o respeito mútuo impere e a igualdade seja reconhecida como um direito natural que não permite exclusão ou desvalorização de nenhum ser humano, será preciso conversar sobre racismo e preconceito. Por isso, aconselhamos: esqueça a cor, é preciso falar de amor.

Vania Mugnato de Vasconcelos

Vania Mugnato de Vasconcelos
Vania Mugnato de Vasconcelos

Advogada, Bacharel em Serviço Social, pós-graduada em Recursos Humanos. Casada, mãe, espírita desde os 12 anos de idade, palestrante em vários centros no interior de São Paulo. Trabalhadora do CE João Batista de Jundiaí – SP, atua na casa como palestrante e Coordenadora do Grupo de Pais. Discípula de Jesus pela Aliança Espírita Evangélica do ABC, é oradora em casas espíritas vinculadas à USE Regional Jundiaí. Também é oradora em seminários realizados pelo Instituto Chico Xavier de Itu, em parceria com outros trabalhadores da seara espírita. Articulista espírita em redes sociais, jornais e blogs, seus textos e poemas estão disponíveis ao público na internet, bem como possui canal de vídeos no Youtube contendo palestras e estudos espíritas.

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