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janeiro 13, 2020

Verdadeira só o é a fé que olha face a face a razão em todas as épocas da humanidade

 “Uma folha de qualquer planta, vista com os olhos
da fé é uma página tão bela quanto Shakespeare.”
Francisco C. Xavier

“Fé”; uma palavra pequena, monossilábica, originária do latim “fide”, primeira virtude teologal, comparada pelo Meigo Rabi ao grão de mostarda, tem como diletas companheiras a Esperança e a Caridade…

Pelas lentes da Fé Raciocinada conforme a visão Espírita, não há quem fique indiferente, passando a reformular os seus valores, abandonando o “homem velho” repleto de azinhavres indesejáveis, ensejando o surgimento do “homem cósmico”, integral, plenamente identificado em espírito e verdade com os ensinamentos do Mestre Incomparável!

A Fé é uma virtude tão importante na vida da criatura que até Jesus não Se furtou a uma exclamação de agradável surpresa ao presenciá-la junto ao Centurião que pedia pelo criado, conforme registro de Mateus, capítulo oito, versículo dez.

“Verdadeira só o é a fé que olha face a face a razão em todas as épocas da humanidade” – afirma Kardec – como a fazer um corte entre o tempo da fé cega do fanatismo e a dos tempos novos, tempos das indagações maduras e das comprovações inquestionáveis.

A Doutrina Espírita é a resposta dos Céus para as aflições deste mundo de dores e escarcéus; é o orvalho divino a brilhar, lançando cores novas na manhã de um tempo promissor.

Com a fé que faculta o Espiritismo, o homem, ainda que temporariamente ergastulado no casulo somático, finalmente gravitará dos vales tenebrosos da ignorância para os cimos gloriosos da luz do conhecimento, descortinando horizontes espirituais nunca dantes imaginados.

Fé!…   Até hoje o homem claudicou no campo dos dogmas, quando muito crendo com reservas por falta de comprovação das teorias que abraçava. Paradoxalmente, saindo do primitivismo da intelectualidade a incredulidade assumia maiores proporções, as religiões se esvaziaram não conseguindo mais conter as multidões pelo terrorismo e ameaças do inferno escaldante e o homem se perdia no báratro do positivismo.  Era o sinal!… Eis que as Vozes dos Céus se fizeram ouvir novamente. Agora para ficar eternamente conosco.

Paris foi o proscênio escolhido.  A Grécia moderna, cidade luz, reduto da cultura!…

Os luminosos raios do alvorecer do ano de 1857 abrangem cada vez mais amplos espaços: tanto os geográficos propriamente ditos quanto os transcendentais espaços das mentes e corações sequiosos por conhecimentos e emancipação.

Já lucila no horizonte espiritual o tempo de renovação no qual será definitivamente implantado na Terra o Reino de Deus.  Nesse tempo futuro a Fé deixará de ser apenas una colcha tecida com os retalhos das variegadas fobias e com os fios das superstições para alcançar o patamar do raciocínio, transformando-se no produto acabado, sem jaça, saindo dos anêmicos discursos sacros para o vigoroso e saudável curso da utilidade prática no intercâmbio entre as criaturas encarnadas, entre os mundos carnal e espiritual e entre todos os mundos criados por Deus.

Com a visão ajustada pelas lentes da Fé Raciocinada vislumbraremos os indimensionáveis horizontes espirituais, até hoje obscurecidos pelas belidas de nossa ancestral e cultivada ignorância, terminando assim o período do obscurantismo ao qual fomos secularmente relegados.

Rogério Coelho

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://osegredo.com.br/precisamos-olhar-mais-para-o-ceu/>. Acesso em: 13JAN2020.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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