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Escândalos

outubro 19, 2020

A caridade deve emudecer o verbo em desvario

“Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre
o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.”
Paulo (Tes., 5:15)

Nosso planeta jamais havia comportado antes, a densidade demográfica que experimenta hoje. Os Espíritos Amigos informaram-nos que isso se deve às oportunidades de reencarnação concedidas a milhões e milhões de Espíritos calcetas, extremamente refratários ao bem e ao Amor que estavam há milênios sem a menor possibilidade de retornar ao proscênio terrestre em virtude de sua periculosidade e contumácia no mal. Eis que o Pai Celestial, em Sua infinita misericórdia lhes faculta esta nova oportunidade reencarnatória, e inúmeras colônias das trevas começaram, então, a ser desativadas a partir dos idos da década de 40 do século passado.

Tal o motivo pelo qual vemos hoje tanta miséria, maldades e guerras na Terra; e outra não é também a causa dos variegados escândalos que espoucam aos borbotões em todos os setores da atividade humana, pois, uma vez reencarnados, esses Espíritos maléficos mostram-se tais como são: indóceis, insubordinados, revoltados, levianos, estúrdios, corruptos, avessos ao progresso, terra a terra, hedonistas, utilitaristas e tudo que se pode adjetivar em termos de desequilíbrios.

Esses Espíritos, perdidos nas faixas mais densas do materialismo soez, não conseguem despertar para os altos voos das possibilidades espirituais superiores, emaranhando-se nos vales tenebrosos da iniquidade e dos despautérios de vária ordem.

É bem provável que essas criaturas não tenham nova oportunidade de reencarnar na Terra, mas sim em mundos mais primitivos, adequados ao atraso espiritual em que se situam, vez que nosso Orbe já está em vias de alevantar-se ao patamar de Mundo de Regeneração.

Há que se cuidar, quem já despertou para a realidade da Vida Maior, para não se deixar mimetizar pelo “status-quo” vigente, ao qual a misericórdia divina porá fim em futuro não muito longínquo.

O comportamento do Espírita-Cristão perante os fatos momentosos deverá ser coerente com os postulados expostos e praticados por Jesus. Não poderá deixar-se levar pelos uivantes ventos incertos dos modismos.

Já nos alertava o Mestre Maior há dois milênios (1): “ai daquele por quem o escândalo venha!…”

Os Espíritos reencarnados na Terra, na condição de indigentes espirituais, calcetas, mostram-se propensos a praticar o mal, e estão espalhados em todos os degraus da sociedade, desde os mais inferiores aos mais elevados, materialmente, falando.

O Espírita-Cristão, onde quer que esteja socialmente alocado, deverá ser sempre uma “carta-viva” do Evangelho de Jesus. Assim, consoante instruções de André Luiz (2):

“(…) em tempo algum pode o seguidor do Cristo deixar-se empolgar perante as convulsões sociais e políticas que vez por outra estrugem em avassaladora onda, e nas conversações e comentários acerca de notícias terrificantes, abster-se de sensacionalismo. A caridade emudece o verbo em desvario.
O Espírita-Cristão deverá guardar atitude ponderada, à face de acontecimentos escandalosos, justapondo a influência do bem ao assédio do mal; deverá resguardar-se ao abrigo da prece em todos os transes aflitivos da existência; deverá aceitar nas maiores como nas menores decepções da vida humana, por mais estranhas e desconcertantes que sejam, a manifestação dos Desígnios Superiores, atuando em favor do aprimoramento espiritual.
Deus não erra jamais! Cada Espírito possui a própria conta na Justiça Perfeita.”

Portanto, como aconselha o inolvidável Tapeceiro Tarsense, “sigamos sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.”

Rogério Coelho

Referências Bibliográficas:
(1) Mt., 18:7.
(2) VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita. Pelo Espírito André Luiz. 6.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1978, cap. 39.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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