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Os três tamises

abril 1, 2021

As más conversações corrompem os bons costumes

“(…) Não saia  da  vossa  boca  nenhuma  palavra
torpe,  mas  só  a  que for boa  para  promover  a
edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
(Ef., 4:29 e 31.)

Segundo importantes e belos informes de Joanna de Ângelis, através da nobre mediunidade de Divaldo Franco, “(…) os discutidores inoperantes consideram em demasia o valor das palavras, perdendo tempo útil que poderia ser aplicado nas ações relevantes. Nos debates estéreis dizem o que não amadureceram pensando, quando poderiam agir bem, assim melhor ensinando.

Naturalmente, porque estes são dias de insatisfação, as pessoas que de ti se acercam, trazem, quase sempre, comentários negativos e observações deprimentes…

Surgem, nas conversas, apontamentos depreciativos que chamuscam a honra alheia, quando não lhes atiram lama na conduta que invejam. Intrigas urdem vinganças sórdidas, entre sorrisos e sarcasmos, gerando inquietação, soprando suspeitas ignóbeis.  Assuntos triviais tomam o tempo e expressões chulas, com anedotário vulgar, entorpecem a razão, mantendo psicosfera doentia.

Quando te vejas envolvido pelo clima da conversação nefasta, muda de assunto, propõe tema diferente, conciliador, edificante, substituindo a vulgaridade e o pessimismo, que devem ceder espaço ao conhecimento da beleza e da verdade.

(…) Seja tua palavra de gentileza e de esperança em qualquer situação; entretece comentários respeitosos e educa os que te compartem as palavras, gerando otimismo e fraternidade a todo o momento”.

Paulo lança o seguinte alerta aos coríntios: “não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. (I cor., 15:33.)

Emmanuel assevera: “(…) a conversação menos digna deixa sempre o traço da inferioridade por onde passou. Depois da conversação indigna há sempre menos sinceridade e menos expressão de força fraterna. A má conversação corrompe os pensamentos mais dignos; as palestras proveitosas sofrem-lhe, em todos os lugares, a perseguição implacável, e imprescindível se torna manter-se o homem em guarda contra o seu assédio insistente e destruidor.

Quando o coração se entregou a Jesus, é muito fácil controlar os assuntos e eliminar as palavras aviltantes. Examina sempre as sugestões verbais que te cercam o caminho diário.

Trouxeram-te denúncias, más notícias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia? Observa como ages. Em todas as ocasiões há recurso para retificares amorosamente, porquanto podes renovar todo esse material, em Jesus Cristo”.

Quatro séculos antes do nascimento de Jesus, Sócrates já possuía e divulgava uma fórmula eficiente que nos auxilia a iniciar um processo de arrefecimento dos impulsos negativos, mormente no que diz respeito à nossa fala. Trata-se de uma tríplice filtragem:  antes de vestirmos o nosso pensamento com as palavras, passemo-lo em três filtros, perguntando a nós mesmos se isto que estou pensando em falar: é verdade? É bom? É útil? Se o nosso pensamento atravessar incólume esses três tamises, estejamos certos de que a nossa palavra será “boa para promover a edificação e dará graça aos que a ouvem”; mas, se ao contrário, ela ficar retida em pelo menos um deles, deixemo-la morrer desarticulada porque nós somos donos de nossos pensamentos, mas não de nossas palavras quando caem nos ouvidos alheios, porque aí elas já estarão promovendo sob o nosso patrocínio a edificação ou a ruína gerada em nossos corações.

Rogério Coelho

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://amenteemaravilhosa.com.br/os-tres-filtros-de-socrates/>. Acesso em: 01ABR2021.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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