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Urge aprimorar nossos conceitos

abril 19, 2021

“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33 (1)

O homem de hoje, ainda não é capaz de entender toda abrangência do “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, (2) muito influenciado por seus instintos de natureza inferior, levado pela imaturidade que lhe faz companhia desde tempos imemoriais, acostumou-se a tudo querer sob a ótica do imediatismo, ao sabor da sua vontade, sem paciência para esperar que as coisas aconteçam no momento adequado, em obediência a uma Superior determinação.

Esquece que tudo precisa de tempo para sua realização, que a natureza não dá saltos, e que tudo acontece como está preestabelecido pelas sábias Leis que regulam o universo. Essa forma precipitada de querer que as coisas aconteçam segundo deseja pode ser explicada não só pela sua imaturidade, como também pela ausência de amor e respeito ao Criador em seu estado presente.

As pessoas carentes de afeto e perturbadas pela febre das posses externas acreditam que a felicidade reside na sucessão das glórias que o poder faculta e nos recursos materiais que acumula muitas das vezes sem qualquer utilidade para ele.

Triste equívoco, porque o tormento da posse aflige e impulsiona sua vítima a metas cada vez mais inadequadas, transformando a vida numa busca desenfreada para possuir cada vez mais, esquecido que a felicidade independe do que se tem, mas sim, daquilo de que se é estruturalmente constituído pela essência Divina que é o amor, que harmoniza e ilumina a criatura preenchendo todos os seus vazios interiores.

Precisamos compreender que estamos inseridos num contexto muito maior do que imaginamos, e que está mais que na hora de ver a vida com outra ótica, para descobrirmos seus múltiplos aspectos, porque atualmente só valorizamos as coisas materiais, sem darmos a devida importância para a realidade de que somos Seres imortais, fadados à felicidade, e paz verdadeiras.

(…) O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que há de fazer brotar de todos os corações a caridade e o amor do próximo e estabelecer entre os humanos uma solidariedade comum; de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a Natureza está submetida, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance.

São chegados os tempos em que se hão de desenvolver as ideias, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Têm elas de seguir a mesma rota que percorreram as ideias de liberdade, suas precursoras. Não se acredite, porém, que esse desenvolvimento se efetue sem lutas. Não; aquelas ideias precisam, para atingirem a maturidade, de abalos e discussões, a fim de que atraiam a atenção das massas. Uma vez isso conseguido, a beleza e a santidade da moral tocarão os espíritos, que então abraçarão uma ciência que lhes dá a chave da vida futura e descerra as portas da felicidade eterna. Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá. – Um Espírito israelita. (Mulhouse, 1861.)  (3)

Preciso se faz ao homem entender que o amor é a alma da felicidade e que estamos inseridos no contexto universal, onde nossa tarefa essencial é a de auto-iluminação, trabalhando em favor do progresso próprio e do seu semelhante, mediante o respeito e a consideração pela ordem, que vai desenvolver no indivíduo os sentimentos da compaixão e da ternura, da caridade e do perdão, que são as partituras que mantêm as belas, suaves e harmoniosas melodias da vida.

Somente o amor tem o poder de nos inundar de bênçãos para envolvermos tudo à nossa volta, tornando-nos mais sadios, alegres, otimistas e confiantes, sem a preocupação doentia de possuir nada além do necessário para o nosso conforto e manutenção, porque os bens materiais não nos trazem a felicidade que buscamos por mais que os tenhamos em abundância.

Francisco Rebouças

Referências Bibliográficas:
(1) Evangelho de Mateus: Cap. 6. V:33;
(2) Evangelho de Marcos: Cap. 12.V:31;31;
(3) Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB.112ª edição. Cap. I, item 9.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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