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Como ser feliz

dezembro 29, 2021

Inquestionavelmente, o objetivo essencial da existência humana é a conquista da felicidade.

Difícil, no entanto, é definir-se felicidade para tão diversa massa com necessidades diferentes e aspirações diversas, que é a humanidade.

Desde as mais remotas culturas, de alguma forma houve uma preocupação fundamental para a conquista desse fanal.

Desde as necessidades básicas atendidas até as mais complexas aspirações da consciência contemporânea, constitui o painel quase infinito da plenitude.

No passado surgiram a Filosofia e a Arte com os seus postulados éticos, sugerindo comportamentos que facultam harmonia interior em consonância com os interesses do próximo.

Surgiram as necessidades do ter e do ser, por cujos valores se é possuidor possuído pela posse, portanto, escravo de si mesmo, ou de conseguir superar as aturdidas posses e ser livre, dominando as paixões, honesto como o pensamento da solidariedade e do bem a tudo e a todos.

De imediato, surgiu a escola estoica, em que o sofrimento é superado pelos valores éticos que tornam a vida um presente valioso em qualquer circunstância, mesmo quando a dor se instala no seu organismo e consegue superar mediante a mente bem direcionada.

Os matizes foram sendo alterados de geração em geração, e hoje a felicidade está adstrita às posses que permitem o gozo insaciável, como se o sentido da vida seja o de fruir até o cansaço, quando se instalam o estresse, o vazio existencial, a saturação.

As lutas de classe e os tormentos, que explodem em toda parte, demonstram que a felicidade é o prazer lânguido ou devorador, sem o contributo do Espírito, que é a realidade da vida na sua indestrutibilidade.

Fala-se na igualdade de todos os direitos e deveres sem que estes sejam conseguidos, e a cada dia se fazem mais difíceis os níveis de satisfação com a harmonia íntima da realização pessoal.

Nessa apressada busca do gozo, no abandono dos deveres morais e a sua banalização mediante a embriaguez dos sentidos, na volúpia dos excessos de toda ordem, a sociedade cambaleia na ilusão do passadismo sem planejamento para o estágio de equilíbrio, no qual a paz interior e os ideais de engrandecimento do mundo se tornam essenciais para a existência.

Fazendo-se, porém, uma análise da proposta de Jesus Cristo para uma jornada plena e tranquila, consegue-se perceber que a felicidade é um estado de harmonia que decorre da consciência justa perante Deus, o próximo e si mesmo.

Por que tanto desaire e loucura numa sociedade portadora de equipamentos extraordinários? Porque o ser humano esqueceu-se de sua realidade para pensar apenas na aparência.

Ame-se e ame, portanto, vivendo com serenidade.

Divaldo Franco

Nota do Autor:
Divaldo Franco escreve no jornal A Tarde – Coluna Opinião – às quintas-feiras (quinzenalmente).
Publicado no jornal A Tarde (BA), coluna Opinião, em 09/09/2021.

Divaldo Pereira Franco
Divaldo Pereira Franco

Divaldo Pereira Franco é natural de Feira de Santana, Bahia, Brasil, reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores espíritas da atualidade, fundou, juntamente com seu fiel amigo Nilson de Souza Pereira, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho, que atendem a toda a comunidade do bairro de Pau da Lima, em Salvador, beneficiando milhares de doentes e necessitados.

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