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Da fé simples e quase cega do povo

janeiro 10, 2022

Operar prodígios não é sinal de missão divina

Eu não enviava esses profetas; eles corriam por si mesmos!
                                               – Jeremias.  (23:16).

Acentuam-se ultimamente as movimentações de imensos magotes de criaturas que ávidas, crédulas, ingênuas e místicas buscam “milagres” onde pretensamente dizem inclusive haver aparições da mãe de Jesus.

Não faltam inúmeras orquestrações armadas para embair a  multidão,  submetida  cega,  emocionada  e contrita às articulações de vária ordem dos “atravessadores da fé”. O próprio Cristo  declarou  no  sermão profético: “muitos virão em meu nome e enganarão a muitos,  porque  se levantarão falsos profetas e farão  sinais  e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos”. (Mc., 13:6 e 22).

Naturalmente um médium que nem sabe que é médium, em  parceria  com desencarnados,  está  apto  a  fazer “sinais   e   prodígios”  tão  ao  gosto   dos   que   raciocinam superficialmente, sensibilizando, destarte, aos menos avisados. Mas Jesus previu tudo isso, inclusive, afirmou que levantar-se-ia nação  contra  nação, que as pessoas de uma mesma  casa  estariam divididas  entre si.  É o que estamos testemunhando hoje em dia: os rebanhos se repartindo e os líderes religiosos,  aturdidos  e impotentes  não  logram  arrebanhar  para as celas dogmáticas  as tresmalhadas ovelhas que se perdem pelos caminhos da invigilância e do misticismo.

É  muito mais fácil e cômodo correr atrás  de um “milagre” que resolva instantaneamente um incômodo qualquer do que   penar  anos  e  anos  a  fio  na  ingente e árdua  luta  do autoaperfeiçoamento.

O Espiritismo é muito combatido por ser agente difusor de luzes que aniquilam o  crédito dos pseudoprofetas, esclarecendo e emancipando as criaturas…

Operar prodígios  não  é  sinal  de   missão divina, vez que isso pode ser apenas resultado de  faculdades orgânicas especiais.

No capítulo XXI do livro básico “O Evangelho segundo o  Espiritismo”,  Allan  Kardec,  juntamente  com  os   Espíritos Superiores esclarecem todas essas questões, premunindo-nos contra os  falsos profetas de ambos os planos da vida.  Seria bom conferir essas  informações  como profilaxia ideal contra  a  avassaladora onda de misticismo estéril que grassa infrene.

Aprendamos – antes de tudo – a distinguir os bons dos maus Espíritos, para não nos  tornarmos falsos profetas e não engrossarmos as fileiras dos ignorantes ingênuos de fé simples e quase cega.                                                                                                                                      

Rogério Coelho

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://juancarlosespiritismo.blog/2020/04/22/falsos-profetas/>. Acesso em: 10JAN2022.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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