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Discernimento

dezembro 7, 2022

Tece com as mãos da esperança a grinalda de paz para o coração sofrido

                                                               “(…) Não se turbe o vosso coração.
Credes em Deus, crede também em mim.”
                                              – Jesus.  (Jo., 14:1)

São palavras textuais de Adolfo, Bispo de Argel exaradas no terceiro livro básico da Codificação Espírita (1): “(…) só  é verdadeiramente grande aquele  que, considerando a vida uma viagem que o há de conduzir a determinado ponto,  pouco caso faz das asperezas da jornada e não  deixa  que seus   passos  se  desviem  do  caminho  reto.  Com  o  olhar constantemente dirigido para o termo a alcançar, nada lhe importa que  as  urzes e os espinhos ameacem  produzir-lhe  arranhaduras; umas e outros lhe roçam a epiderme, sem o ferirem, nem  impedirem de  prosseguir na caminhada”.

Em idêntico diapasão, a nobre mentora espiritual de Divaldo Franco leciona, como que dando sequência ao pensamento de Adolfo (2): “(…) não te agastes, pois, com os acontecimentos afligentes que independem de ti. A  família  segue  adiante, o  amor  muda  de domicílio,  a  doença  desaparece, a contrariedade  se  dilui,  a agressão  desiste, a inquietude se acalma se souberes  permanecer sereno  ante toda a dor que te chegue, enquanto no círculo da  fé sublimas aspirações e retificas conceitos.

Continua fiel no posto, operário anônimo do bem de todos e espera. Os ingratos que se acreditaram capazes de esquecer-te lembrar-se-ão e possivelmente volverão; os  amigos que te deixaram, os amores que te não corresponderam, aqueles que te  não quiseram compreender, quantos zombaram da tua fraqueza  e ridiculizaram  tua dor envolta nos tecidos da humildade,  os  que investiram  contra  os teus anelos voltarão, tornarão  sim,  pois ninguém  atinge a plenitude da montanha sem a vitória  pelo  vale que necessita ser vencido.

Tem calma! Silencia a revolta!… Refugia-te na palavra clarificadora do Evangelho  Consolador  e  enxuga as lágrimas  tuas  com  as  suas lições.  Dos seus textos extrai o licor da  vitalidade e tece com as mãos da esperança a grinalda de paz para o  coração lanhado  e  sofrido.

Se conseguires afogar todas as penas na oração de refazimento, sairás do colóquio da prece restaurado e descobrirás que, apesar de tudo acontecer em dias que tais, Jesus luz intimamente nas províncias do teu Espírito. Poderás, então, confiar e seguir firme, certo da perene vitória do amor”.

Rogério Coelho

Referências:
(1) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. XII; e
(2) FRANCO, DIVALDO. Lampadário espírita. ed.Rio de Janeiro: FEB, 1971, cap. 42.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://unsplash.com/s/photos/sun-mountain>. Acesso em: 07DEZ2022.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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