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Esplendente amanhecer da perene ressurreição

dezembro 18, 2022

A caridade é o amor que se expande

                                               “Fora da Caridade não há salvação.
– Allan Kardec

Assim como o Cristo venceu a noite do Gólgota ressurgindo entre nós em esplendente amanhecer, devemos nós – os peregrinos da evolução -, qual “phenix“, ressurgir dos escombros do “homem-velho“, vencendo as imensas limitações engendradas pelos nossos ancestrais e infelizes atavismos, corolários do uso equivocado do livre-arbítrio  que nos faz rentear com a barbárie…

A mensagem da Doutrina dos Espíritos convida-nos a aceitar o inadiável desafio de amar e viver nos moldes apregoados pelo Meigo Rabi Celeste, nos quais a Caridade dá o tom maior.

No capítulo doze do livro “Alerta”, psicografado por Divaldo Pereira Franco, Joanna de Ângelis elucida: “(…) sempre que o tema da Caridade seja trazido a considerações, recordemos que ela é a luz da razão,  mantida  no combustível  do sentimento, a projetar claridade pelo caminho em sombras de quem avança em sofrimento ou limitação.

A Caridade resulta da irradiação do amor, que jamais exaure. Estrutura-se no esforço pessoal e robustece-se no sacrifício de quem a cultiva, sem o que não passa de filantropia ou emoção de transitório prazer.

Mais se engrandece a Caridade, quanto mais difícil se apresenta a circunstância de praticá-la.  Por isso, tem uma elasticidade imensa no seu exercício. Transcendendo às doações materiais – que são igualmente suas manifestações respeitáveis – sublima-se, santificando quem se propõe  vivê-la, na área dos contributos morais.

Não são poucos os desafios à Caridade: o delinquente, pela ação infeliz de que se tornou responsável, inspira animosidade; amá-lo, na condição de um enfermo necessitado de recuperação, é Caridade. O rebelde provoca reação equivalente de agressividade; auxiliá-lo com paciência até conquistá-lo para que se equilibre, constitui-se relevante Caridade. Aquele com quem te sentes enfadado ou que te provocou antipatia representa um teste para as tuas realizações espirituais; superar a condição negativa e trazê-lo à província do teu coração, é significativa Caridade. O ingrato, naturalmente inspira desprezo, senão indiferença; prosseguir ajudando-o, conquanto as dificuldades do relacionamento representa elevada Caridade. Quem te ofendeu por qualquer razão, legítima ou injusta – como se houvesse razão para que alguém a outrem ofendesse -, provoca um natural retraimento; insistir na ação cordial com esquecimento do mal constitui verdadeira Caridade.

Caridade para com todos, mediante uma revolução íntima de superação pessoal.   Sempre a Caridade como diretriz!… Nunca é demasiado a sua presença; ninguém que a  dispense. Sem a Caridade do Pai Criador para conosco, prosseguiríamos no primitivismo ou rentearíamos ainda com a barbárie.

A Caridade alimenta a vida e impele para a paz…

Não olvides que a Caridade é o amor que se expande e o amor que retorna em força harmonizadora.

Coroando todo o ministério de amor com a estrela de primeira grandeza dentre as virtudes, a Caridade moral do Cristo, na cruz, expressou-se no perdão a todas as faltas perpetradas contra Ele, e corporificada no Seu retorno  paciente ao  convívio  com os companheiros enfraquecidos,  no  esplendente amanhecer da Sua perene ressurreição”.

Toda razão tinha, pois o “Vidente de Damasco” quando, escrevendo aos  coríntios, (I cor.,13:13) declarou enfático com relação às virtudes teologais “agora, pois permanecem a fé, a esperança e a Caridade, estas três, mas a maior delas é a Caridade”.

Rogério Coelho

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://noticias.cancaonova.com/brasil/amor-e-caridade-incentivam-acoes-solidarias-no-natal/>. Acesso em: 18DEZ2022.                                                        

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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