
Nas crises
São muitas as crises no decorrer de nossas vidas, umas coletivas tais como crises econômicas e políticas e, por consequência no mercado de trabalho, crises elétricas, hídricas e por aí vai. Temos aquelas pessoais, individuais como crises conjugais e familiares em geral e até algumas de foro muito íntimo.
Emmanuel, no capítulo 4 do livro Calma, noz traz preciosos pensamentos acerca do assunto.
No período “durante” a crise sempre parece insolúvel. Destaco a palavra “parece” já que, de fato, no olho do furacão fica mesmo difícil, às vezes encontrar solução.
A primeira dica que o mentor de Chico Xavier nos traz é que não adianta fugir do problema. Algumas soluções não estão por nossa conta, elas dependem de terceiros e aí, de fato, pouco poderemos fazer a não ser aceitar.
Mas, naquilo que nos cabe, não podemos nos furtar em fazer, muito menos, procrastinar. Emmanuel nos lembra que jazem, dentro de nós, reservas de forças para a solução destes problemas.
Não podendo evitar o efeito dessa crise, que nos visita em forma de aflição, temos sim como controlar como somos afetados por ela. Se nos abalamos ou não, se nos prostramos diante da dificuldade ou se nos levantamos em busca de alternativas, se essa aflição nos tirará ou não a serenidade.
Não devemos nos entregar à tristeza. Nem tudo está no nosso controle, contudo no que cabe a nossa ação que assim façamos.
Oremos com vontade, de coração. Oremos por nós e pelos outros todos envolvidos na mesma situação, ainda que sejam, a primeira face, os causadores dela, afinal de contas o perdão também é lição a ser aprendida em casos como esses. Afirmo mais, essa oração, associada ao perdão, também nos impedirá de cairmos na armadilha do vitimismo.
No turbilhão de uma crise pequenos sacrifícios que fazemos também ganham dimensão muito maior. Mas por maior que pareçam ser, são ainda pequenos diante da paz que virá depois.
Nas crises coletivas, onde pouco podemos fazer para ajudar na solução, que não ajamos com violência, ainda que verbal. Sigamos fazendo nossa parte e entreguemo-nos à Deus, na pura exemplificação do “ajuda-te e o céu te ajudará.”
Por fim o texto de Emmanuel me lembrou a conhecida oração da serenidade, a qual transcrevo a seguir: “Deus, conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que posso e a sabedoria para discernir uma da outra.”
André Tarifa
Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.draevelinsouza.com.br/passarinho-na-tempestade/>. Acesso em: 07JAN2023.
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