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Obrigação & fuga

março 6, 2023

O dever é o mais belo laurel da razão

“O dever, por mais duro, constitui sempre a vontade de Deus.”
Emmanuel (1)

Lázaro (2) e Emmanuel mostram as verdadeiras e notáveis dimensões do dever, indicando-nos o modo correto de entender as coisas, bem como as dolorosas consequências da fuga às obrigações…

Afinal, o que é o dever?  Onde começa?!  Onde termina?!

Segundo os Benfeitores Maiores “(…) o dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma primeiro e, em seguida, para com os outros.   O dever é a lei da vida, é o resumo prático de todas as especulações morais, é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho.

O dever começa sempre no exato ponto onde ameaçamos a felicidade ou a tranquilidade do próximo.   Termina no limite onde não desejamos que ninguém transponha com relação a nós.

Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Entanto, ele cresce e irradia-se sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da humanidade”.  (E.S.E. – XVII-7).

Continuam a ensinar os Espíritos Amigos: “(…) as defecções na área do dever vinculam-se a dolorosos corolários. Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos, desorganizará a própria existência. Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre, corrigindo e restaurando… Jamais perturbaremos o que Deus harmonizou sem grandes danos a nós mesmos.

Ninguém alegue desconhecimento do Propósito Divino. O dever, por mais duro, constitui sempre a Vontade do Senhor. E a consciência, sentinela vigilante do Eterno, a menos que esteja o homem dormindo no patamar do bruto, permanece apta a discernir o que constitui “obrigação” e o que representa “fuga”.

Deus criou e uniu os seres e igualmente criou situações e coisas, ajustando-as para o bem comum. Quem desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposição. Quem lesa os mecanismos divinos, algema o próprio “eu” aos resultados de sua infeliz ação e, por vezes, demora séculos desatando grilhões…

Na atualidade terrestre, esmagadora porcentagem dos homens constitui-se de milhões em serviço reparador, depois de haverem abalado o que Deus harmonizou, perturbando com o mal, o que a Providência estabelecera para o bem.

Prestigiemos as organizações do Justo Juiz que a noção do dever identifica para nós em todos os quadros do mundo.

Às vezes, é possível perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas seremos invariavelmente forçados a repará-las com suor e lágrimas”.

Rogério Coelho

Referências:
(1) XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006, cap. 164.
(2) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XVII, item 7.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://agendaespiritabrasil.com.br/2021/06/01/o-dever-e-a-paz/>. Acesso em: 06 de março de 2023.

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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