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A alegria da fé!

setembro 17, 2023

E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pouca fé, porque duvidaste?
Jesus (Mateus, 14:31.)

Diante dos agitados e complicados dias da atualidade, cresce assustadoramente o número dos indivíduos que decepcionados com suas situações presentes, decidem-se por não mais viver uma vida de maneira digna, para fugirem dos desafios, das tribulações e das dores comuns aos habitantes de um planeta de expiações e provas, e se abrigam sob o teto falso dos prazeres sexuais, das drogas alucinógenas, do álcool, e dos excessos infelizes de toda ordem.

Com o passar do tempo, é fácil constatar que o caminho buscado se transforma em um eficiente programa de autodestruição, pois, sem demora, estarão nas teias da depressão, da psicose, da esquizofrenia, da obsessão e por fim, chegam ao ápice que é o suicídio, quando acreditam estarão livres da infelicidade que só se agravou.

Encontramos na doutrina espírita suficiente material para nossa reflexão sobre essa atitude sumamente covarde de quem opta por dar fim à sua vida física, o que se constitui no maior e mais terrível engano que um ser humano pode cometer, conforme segue.

 

Desgosto da vida. Suicídio

  1. Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?
    “Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade.
    “Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto obra com o fito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera.”
  1. Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
    “Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei.”a) – Não é sempre voluntário o suicídio?
    “O louco que se mata não sabe o que faz.”
  1. Que se deve pensar do suicídio que tem como causa o desgosto da vida?
    “Insensatos! Por que não trabalhavam? A existência não lhes teria sido tão pesada.”
  1. E do suicídio cujo fim é fugir, aquele que o comete, às misérias e às decepções deste mundo?
    “Pobres Espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência!
    Deus ajuda aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Ai, porém, daqueles que esperam a salvação do que, na sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna! O acaso, ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los por um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras.”

    a) – Os que hajam conduzido o desgraçado a esse ato de desespero sofrerão as consequências de tal proceder?
    “Oh! Esses, ai deles! Responderão como por um assassínio.”

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos – FEB, 76ª edição.)

Importante saber que a vida não se consome na morte do corpo físico e o fenômeno biológico não é a expressão real do ser imortal, consequentemente, o suicida quando reencarnado traz consigo as matrizes do crime praticado, sofrendo contínua dor e sofrimentos muito maiores doque os que em vida física suportava.

O homem reencarnado precisa meditar cuidadosamente na oportunidade bendita de estar desfrutando da oportunidade de reparar seus erros e equívocos cometidos nesta e nas outras passagens por este planeta que a todos abriga com os recursos de que precisamos para progredir intelectual, moral e espiritualmente, trabalhando para a construção de um porvir feliz que lhe faculte o cumprimento do seu compromisso assumido na espiritualidade.

Urge não esquecer a felicidade que é saber ninguém jamais sai da vida, que o homem faz parte de um conjunto harmônico que constitui a Criação Divina, que a sua insubmissão às Leis Sábias e Justas às quais o criador a tudo e todos submeteu desarmoniza a ordem e o equilíbrio geral, e ele deve esforçar-se por contribuir confiante de todas as formas positivas e possíveis para manter essa harmonia para o seu próprio bem estar e de todos que o cercam.

Francisco Rebouças

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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