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Profissão do futuro

setembro 19, 2023

Lendo o capítulo 14 do livro “Nosso Lar”, intitulado “Elucidações de Clarêncio”, fui tomado por sentimentos elucidativos sobre nossas obrigações profissionais na Terra, pois como disse Clarêncio a André Luis: “toda tarefa na Terra, no campo das profissões, é convite do Pai para que o homem penetre os templos divinos do trabalho”. Isso me fez recordar quantos médicos que estudaram anos e anos para exercer tão brilhante profissão mas se perdem no caminho do dinheiro, do poder e da vaidade, muitos sequer se lembram que foram direcionados pelo Pai para colaborar com a vida, mas se entregam sem o menor pudor à morte.

Esse é problema de formação, somos criados desde a tenra infância a buscar as Universidades. O Brasil atual é suportado pela falsa necessidade de títulos acadêmicos, como novamente nos lembra no citado capítulo é a vaidade que não tolera qualquer outro gênero de atividade que não a amparada em formações mesmo que de baixa qualidade ou contra a real capacidade da pessoa ou mesmo a Divina inclinação, pois exige-se da criança seu caminhar rumo ao diploma. Colocamos no futuro da nação a falsa ideia de que os títulos são mais importantes do que a formação moral do cidadão.

Clarêncio ainda advertiu André Luis, médico na Terra, de que “grande número de médicos, na Terra, prefere apenas a conclusão matemática diante dos serviços de anatomia”. A observação é precisa e pode ser expandida para todas as outras profissões. O advogado que prefere a prática de ilegalidades à Justiça é outro exemplo. Todas as profissões são possibilidades Celestes de introdução do Reino de Deus na Terra, mas os homens, sem conseguir domar seus interesses inferiores, acabam preferido o dinheiro ao Amor.

Não há aqui defesa à socialização do meios econômicos, tanto que Jesus sempre incentivou o trabalho, Paulo de Tarso trabalhou muito para se sustentar e não nos esqueçamos da máxima, “… a cada um segundo as suas obras”, pois evidente é que aquele que mais trabalha, mais se esforça e melhor desempenha sua função, terá maiores compensações financeiras, mas não vivemos apenas de lucro, pois também como mencionado no Evangelho, “… Deus, que tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação”, então tudo que precisamos já possuímos.

Assim, toma sua profissão com Amor e a serviço do Pai. Não se envaideça com o título acadêmico, pois é passageiro. Não crie expectativas de um futuro amparado exclusivamente nas faculdades da Terra, mas sim, preocupe-se, antes de tudo, com o desenvolvimento moral dos seres encarnados, primeiramente a sua e, na sequência, dos seus descentes, pois o Pai nos coloca filhos para que possamos prepará-los para o futuro. E o futuro não é apenas essa existência na carne, mas todas as vidas que teremos.

Daniel Baeninger

Daniel Baeninger
Daniel Baeninger

Trabalhador do Centro Espírita Luz e Caridade de Limeira/SP.

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