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Os animais e o homem

outubro 30, 2023

“Há entre a alma dos animais e a dos homens distância
equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”
O Livro dos Espíritos – q. 597-a

Absolutamente não se pode comparar o reino hominal com o reino animal, como o fazem – equivocadamente – algumas criaturas, uma vez que não existe paralelo possível entre os dois reinos.

Kardec e os Espíritos Superiores, a partir da questão de número 592 de “O Livro dos Espíritos”, tratam do assunto de modo a nos fazer enxergar que os pontos de contato que existem entre o homem e os animais não autorizam assimilações descabidas e, por isso, não poderiam gerar as confusões de interpretações onde se compara a questão do comportamento nesses dois mundos. Os animais existentes até mesmo nos mundos superiores são sempre infinitamente inferiores ao homem.

Outra confusão generalizada é admitir-se a existência de animais no Mundo Espiritual. Não existem lá, conforme podemos depreender da resposta à seguinte questão proposta por Allan Kardec: (L.E. – q. 600).

“Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, num estado de erraticidade, como a do homem?”
Resposta: “fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. Depois da morte o do animal é classificado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhes é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas”.

Os animais de que nos dão notícias alguns autores espirituais, inclusive André Luiz, não passam de “formas-pensamento”, pois não desconhecemos a força ativa e criadora do pensamento no Mundo dos Espíritos.

Atentemos na resposta à questão 604 inserta em “O Livro dos Espíritos” oferecida pelos Espíritos Benfeitores da humanidade: “(…) tudo em a Natureza se encadeia por elos que ainda não podeis apreender. Assim, as coisas aparentemente mais díspares têm pontos de contato que o homem, no seu estado atual, nunca chegará a compreender. Por um esforço da inteligência poderá entrevê-los; mas, somente quando essa inteligência estiver no máximo grau de desenvolvimento e liberta dos preconceitos do orgulho e da ignorância, logrará ver claro na obra de Deus. Até lá, suas muito restritas ideias lhe farão observar as coisas por um mesquinho e acanhado prisma. Sabei não ser possível que Deus Se contradiga e que, em a Natureza, tudo se harmoniza mediante leis gerais, que por nenhum de seus pontos deixam de corresponder à sublime sabedoria do Criador”.

Em especial na área do comportamento, o reino animal jamais poderá oferecer parâmetros ao reino hominal. Tal paralelo sendo admitido por alguém outra coisa não é senão uma superlativa prova de ignorância.

Rogério Coelho

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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