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Deixa-me viver!

novembro 15, 2023

Estamos vivendo tempos difíceis, sombrios e assustadores no mundo, principalmente em nosso país, onde a descriminalização pelo aborto até a décima segunda semana de gestação tem sido assunto bastante palpitante e polêmico.

Pela lei vigente, o aborto somente é permitido em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos, tendo inclusive o movimento espírita, sempre se posicionado contrário aos projetos de revisão da legislação sobre a legalização do aborto no país.

Na codificação, os benfeitores espirituais afirmaram a Allan Kardec, que o primeiro de todos os direitos naturais do homem, é o de viver, e que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer nada que comprometa a sua existência corporal.

Enquanto as leis humanas, forem eivadas de interesses egoísticos sem haver uma transformação social e moral, ajuizando e determinando o destino e o direito de quem deva ou não nascer, desprezando que a verdadeira vida se inicia a partir da concepção uterina e não pelo nascimento como muitos afirmam, infelizmente este estarrecedor quadro e hediondo crime, continuará perpetuando ferozmente contra os nascituros, que em vão, sem voz e de braços sem defesa, clamarão por socorro e piedade.

Dessa forma, o delito provocado pelo infanticídio, é considerado pelo Espiritismo e demais doutrinas cristãs e reencarnacionista, uma grave afronta e desrespeito às leis amorosas e imutáveis de Deus. Em qualquer fase da gravidez, uma vez iniciado o processo de união do Espírito com o embrião, interromper uma vida no ventre materno com vistas de cercear a oportunidade de progresso e retificação do espírito reencarnante é uma atitude tão covarde quanto comprometedora.

Em O Livro dos Espíritos, na questão 357, os nobres amigos disseram ao codificador que as consequências do aborto para o Espírito é uma existência nula onde se deverá recomeçar. Nesta mesma obra, na questão 358, Allan Kardec, torna a perguntar se constituiria crime a provocação do aborto em qualquer período da gestação? – responderam – Há sempre crime quando transgredis a lei de Deus. A mãe, ou qualquer outra pessoa, cometerá sempre crime tirando a vida de uma criança antes de nascer, porque estará impedindo a alma de suportar as provas das quais o corpo serviria de instrumento.

Por esta razão, é que os bons Espíritos disseram ao mestre lionês, que o primeiro de todos os direitos naturais do homem, é o de viver, sendo que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, ou algo, que possa comprometer sua existência física.

O aborto inconsequente, além de ferir a sagrada instituição da maternidade com bases no recíproco amor, muitos pais acabam desertando as responsabilidades abraçadas pela desonrosa fuga do aborto. Pois quando é no abençoado cadinho do lar, através da presente reencarnação, que precisaremos seguir os passos de Jesus, pedindo que nos reconciliássemos depressa com o nosso adversário enquanto estivéssemos a caminho com ele, isto é, aproveitando os anos de curta existência, para desfazermos as animosidades e ódios que se expressam instintivamente muito das vezes por aversão e antipatia pelos familiares.

Marildo Campos Brito

Marildo Campos Brito
Marildo Campos Brito

De família espírita, iniciou-se na doutrina em sua infância pelo Centro Espirita Allan Kardec de Bauru. Com dois cursos de oratória, realiza palestras há 22 anos aproximadamente por Bauru e região com participações presencial e virtual. Participou do 11º Congresso Estadual de Espiritismo realizado em Bauru no ano de 2000. Foi colaborador como colunista pelo jornal Tribuna do Espiritismo de Matão e O Idealista pela USE Regional de Jaú. Atualmente escreve artigos para o jornais Momento Espírita do CEAC de Bauru e site Agenda Espírita Brasil.

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