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Na hora da tormenta

novembro 27, 2023

“Não te esqueças de que toda crise é fonte sublime de
espírito renovador para os que sabem ter esperança.”
Emmanuel

Tudo está posto para o nosso aprimoramento espiritual e, quando nos encontramos em luta imensa, recordemo-nos de que o Senhor da Vida, que é infinitamente bom, justo e misericordioso, nos conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade de nossa exaltação.

Eis o ensinamento de Emmanuel (1): “(…) todos os seres e coisas se preparam, considerando as crises que virão. É a crise que decide o futuro: a terra aguarda a charrua; o minério será remetido ao cadinho; a árvore sofrerá a poda; a ovelha esperará a tosquia, o homem será conduzido à luta; o cristão conhecerá testemunhos sucessivos”.

É assim que vemos Jesus atravessar a crise tormentosa do Calvário antes da esplendente madrugada da ressurreição. Se Ele que é o nosso “Modelo e Guia”, não Se eximiu do testemunho, submetendo-Se dócil à vontade do Pai na condição de Filho fiel, suportando o apodo público, o abandono dos entes amados, a ingratidão dos beneficiados da véspera e o suplício da cruz ignominiosa, também nós, Seus discípulos – devedores da lei –, devemos examinar a gravidade da hora em curso, reconhecendo a necessidade do testemunho próprio.

Esclarecendo ainda mais, aduz Marco Prisco (2): “(…) você se angustia em face às dores que o visitam. Apesar disso, suas origens espirituais carregam as matrizes das aflições que impunha aos que lhe sofreram o guante. Justiça divina, a reencarnação é a porta ditosa pela qual o Espírito transita na direção do equilíbrio, do enobrecimento… O sofrimento não é necessariamente, castigo, mas convite à reflexão para posterior conquista da paz.

Diante das circunstâncias pungitivas que o afligem, erga o pensamento ao Pai e trabalhe pelo Bem, entesourando títulos que o credenciem à saúde e à felicidade, que lhe advirão logo mais, resgatados os compromissos assumidos”.

Portanto, para alcançarmos a vitória sobre as injunções dolorosas e adversas, peçamos ao Pai e recorramos a Jesus, subindo até Ele pelas cariciosas asas da prece, resguardando-nos na ilha da meditação; porém, dóceis e submissos aos Divinos desígnios, conscientes de que todos na Terra experimentaremos os mesmos trâmites na escala infinita das experiências necessárias à nossa alcandorada alforria espiritual.

Rogério Coelho

Referências:
(1) XAVIER, F. Cândido. Vinha de luz. 19.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. 58.
(2) FRANCO Divaldo Pereira. Momentos de decisão. 3.ed. Salvador: LEAL, 1991, cap.26

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em Vinha de Luz.
Acesso em: 26/11/2023

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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