
A preocupação necessária
“ Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã a si mesmo trará o seu cuidado. A cada dia basta o seu mal”. Palavras de Jesus relatadas pelo evangelista Mateus: cap. 6, v.34.
Os dias atuais são de intensas atribulações.
As preocupações são muitas. Ao viver em sociedade e usufruindo o progresso que a humanidade atingiu pagamos um preço, às vezes, muito alto.
Diante dos desafios que temos, diariamente, pela frente, procuremos entender bem o que é a preocupação necessária e a desnecessária ansiedade.
A preocupação deve ser aquele estado mental que nos prepara para enfrentarmos a questão desafiadora diante de nós objetivando a devida solução.
A ansiedade já é um estado mental mórbido, que nos atrapalha e prejudica ao invés de ajudar.
Ela é um estado psíquico de tensão emocional e se manifesta de várias maneiras: irritabilidade, inquietação, pensamento acelerado e desarmônico e insônia.
Geralmente se transforma em sintomas físicos: dor de cabeça, tontura, garganta seca, gastrite, hipertensão, chegando até mesmo a provocar AVC, acidente vascular cerebral e infarto.
Portanto, precisamos aprender a usar a preocupação de forma positiva e eliminar ou diminuir a ansiedade.
Nesta oportunidade, buscaremos os estudos da Dra. Elaine Aldrovandi, que analisa a ansiedade fora de controle. “A ansiedade tem como principal sintoma a expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, mórbida. A pessoa está a maior parte do tempo preocupada em excesso. Além disso tem inquietude, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, insônia, sudorese, palpitações, diarreia, má digestão, etc. Esses sintomas são crônicos – estão presentes a maior parte dos dias, por muitos meses ou anos. Alguns pacientes informam que sempre foram tensos ou nervosos, desde crianças.
Passamos a maior parte do tempo preocupados com o futuro ou relembrando o passado com mágoa ou culpa. Dedicamos bem pouco tempo ao nosso presente, esquecemo-nos de que não podemos mudar o passado e que o futuro depende do que fizermos hoje.
Quem quiser viver com menor grau de ansiedade precisa disciplinar:
Analise-se e responda: o que é essencial, importante e interessante realizar em sua vida? Dedique-se a conquistar isso, nessa ordem exata.
Viver de modo a concentrar toda a inteligência e vontade no que é essencial, no momento presente.
Defina seus objetivos:
O que precisa ser mudado em sua vida?
O que você tem que fazer para mudar?
O que o(a) impede de realizar essas mudanças?
Faça tudo com amor para que o remorso e a culpa não lhe consumam quando você erra.
Esqueça o passado, pois ele já está escrito e não pode ser mudado; preocupe-se com o presente, pois ele determinará seu futuro.”
Reflitamos nas considerações da Dra. Elaine Aldrovani, médica homeopata e de clínica geral, lançadas em seu livro: Seja Feliz Diga Não à Depressão às páginas 95 a 99.
Não podemos deixar que nossos pensamentos, sentimentos e emoções atuem no “mar de nosso ego” como um barco sem leme, sem remo e sem motor; simplesmente sendo empurrado, ao sabor do acaso, pelo vento e pelas ondas. Ele poderá se arrebentar nos arrecifes.
No controle da ansiedade é necessário assumir conscientemente o controle dos pensamentos, analisar as emoções e dirigir os sentimentos. Ante o problema que a gera, questionemos a sua causa, a sua realidade e as consequências boas ou más para nossas vidas.
Filtrar: só vale o que for efetivamente bom para nós e para o próximo.
Assim agindo faremos da preocupação um instrumento útil para a nossa autoeducação e evolução.
Aylton Paiva
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