
Imperfeitos, somos importantes a Deus?
Esta questão se encontra no Capítulo II – Das penas e gozos futuros, de O Livro dos Espíritos, qual seja:
963. Com cada homem, pessoalmente, Deus se ocupa? Não é ele muito grande e nós muito pequeninos para que cada indivíduo em particular tenha, a seus olhos, alguma importância?
“Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos que sejam. Nada, para a sua bondade, é destituído de valor.” (1) – grifo nosso.
Se o vazio nos toca a alma em algum momento.
Se o momento de crise se mostra mais forte e precisamos de um colo que aparentemente não existe.
Se a agonia, a depressão e a falta de esperança nos envolvem por completo.
Se a porta enganosa do suicídio surge frente aos nossos olhos.
Que o amparo de amigos de luz faça chegar até nós as palavras deste item.
Na pergunta, Kardec questiona, com muito bom senso, a diferença imensurável entre o Criador e a criatura, o que aparentemente nos leva a falsa impressão de abandono.
Ao contrário disso, os espíritos asseguram que ninguém, ou mais impressionante ainda, nenhuma criatura escapa de sua atenção.
Mergulhados no plasma divino, presenciamos, naquilo que somos capazes de perceber, a manifestação da Eterna Sabedoria nas expressões mais simples de vida até a estruturação de sistemas e formas complexas no macrocosmo. Assim nos encontramos neste vasto oceano do pensamento imensurável do Criador, vibrando as nossas energias limitadas e proporcionais de cada criatura.
Se nada escapa a bondade de Deus, por que haveremos de nos sentir só, sem esperança, sem forças, sem fé?
Acreditemos, seja qual for o momento de nossa vida, Ele está conosco, vendo nossos sofrimentos, nossas angústias, nossas perdas, nossas desilusões.
Procuremos abrir nossos corações e gotejar uma gota sequer de esperança entorno desta força divina imensa que nos ampara e já conseguiremos respirar um pouco melhor. Assim, busquemos na prece o auxílio necessário.
O Pai certamente nos enviará emissários, encarnados ou não, para nos acolher e amparar. Isto porque nada, nenhuma criatura escapa ao Seu infinito Amor.
Márcio Martins da Silva Costa
Referências:
(1) A. Kardec, O Livro dos Espíritos, 93a. Brasília (DF): Federação Espírita Brasileira, 2013.
(2) F. C. Xavier, Mecanismos da Mediunidade. Brasília (DF): Federação Espírita Brasileira, 1960.
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