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Vamos nos Manter em Oração

abril 20, 2024

O Espírito V. Monod que nos apresentou o item 22, denominado Maneira de Orar, contido no capítulo XXVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, começa o texto com uma provocação muito pertinente para os dias atuais:

“O dever primordial de toda criatura humana…”

Estamos diante de um dever e como nos ensina Emmanuel, em Pensamento e Vida, dever é a submissão que nos cabe a certos princípios divinos, sendo assim, a oração não é simplesmente uma opção humana, mas nesses termos uma responsabilidade moral de todos os espíritos, encarnados ou desencarnados.

A oração é uma oportunidade ímpar de comunhão com o amor Divino, por isso, Bezerra de Menezes, no livro Médico Jesus nos faz uma cobrança séria e incisiva pois pouco fazemos, pouco oramos. Adverte ainda que sempre nos esquecemos de ao deitar proferir algumas palavras de gratidão e mesmo ao se levantar não agradecemos pela noite, onde o corpo fora cuidados pelos amigos espirituais e o espírito foi colher ensinamentos e/ou tratamentos necessários para nosso próprio progresso.

Mas uma questão sempre incomoda: Sabemos orar? É comum a resposta ser acompanhada de orações prontas, recitadas em automático, por mero hábito, maquinalmente sem que tais palavras sejam acompanhadas das intenções. Nos esquecemos que a intenção é tudo, pouco importante as palavras, por isso muitas vezes nos comparamos aos “hipócritas” citados por Mateus no capítulo 5, versículos de 5 a 8.

Muitos se esforçam para realizar a prece de abertura ou de encerramento de eventos espiritas não para demonstrar seus sentimentos, sua conexão com o Divino, mas sim para ao descer na Tribuna receber um belo aperto de mãos e congratulações, pois isso, usemos o Evangelho para dizer: “Hipócritas”.

A prece é uma divina oportunidade de nos conectarmos ao Pai Celestial, deixar ainda que em pensamento os tormentos da matéria e ir junto Dele colher força, sabedoria, coragem, paciência e resiliência e voltar para não apenas se ajudar mas também ajudar os outros irmãos necessitados. Por isso, oremos com humildade, com profundidade e peçamos tudo o que precisamos, todavia estejamos atentos, usemos de nosso discernimento para saber o que pedimos.

Lembremos de Emmanuel em Caminho, Verdade e Vida, e perguntemo-nos se estamos a orar em nome do Cristo ou das vaidades do mundo, porque enquanto ficarmos apenas buscando a matéria sentiremos um vazio e pensaremos que Deus não está a me atender, mas quando começarmos a pedir por nossa melhoria moral, quando buscarmos compreender a vontade justa e sábia do Pai a nosso respeito, compreenderemos que os bens divinos nos servem exatamente de consolo e salvação.

Porque a responsabilidade pelos nosso vales são próprios, nós mesmos nos proporcionamos as dificuldades enfrentadas e pedir pela sua extinção é fugir de responsabilidades, é, acima de tudo, terceirizar compromissos. Não, o Pai não nos livrará de cumprir nossos compromissos, mas pela oração Ele pode iluminar um caminho tortuoso e esburacado para que possamos, por méritos próprios, vencer todas essas dores que enfrentamos.

Por tudo isso, vamos nos manter em oração, peçamos pelo auxílio às nossas melhorias morais, agradeçamos todos os bens que nos foi concedido, peçamos perdão pelas nossas ofensas, nos colocando a perdoar, peçamos ao Pai querido coragem para reparar nossos erros, para evitar as tentações que nos aflige dia após dia.

Como lembra Chico Xavier, nas dificuldades nos coloquemos a orar, nos momentos de incerteza, oremos, em todas as dificuldades, a todos instante, nos coloquemos a estabelecer essa sagrada conexão com o Pai, e nos preparemos para receber do Alto exatamente o que precisamos e merecemos, não conforme a nossa vontade, mas como diz a Oração Dominical, conforme seja a vontade do Pai.

Daniel Baeninger

Daniel Baeninger
Daniel Baeninger

Trabalhador do Centro Espírita Luz e Caridade de Limeira/SP.

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