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Nobreza íntima

abril 23, 2024

“Aquele que faz o exterior não é o que faz também o interior?”
– Jesus. (Lc., 11:40)

Os escribas e fariseus que observavam o Mestre repararam que Ele não se lavara antes de assentar-se à mesa… Percebendo-lhes a atitude de reprovação, Jesus falou: “(…) agora vós os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade”.

Explica Kardec (1):

“(…) os judeus haviam desprezado os verdadeiros mandamentos de Deus para se aferrarem à prática dos regulamentos que os homens tinham estatuído e da rígida observância desses regulamentos faziam casos de consciência. A substância, muito simples, acabara por desaparecer debaixo da complicação da forma. Como fosse muito mais fácil praticar atos exteriores, do que se reformar moralmente, lavar as mãos do que expurgar o coração, iludiram-se a si próprios os homens, tendo-se como quites para com Deus, por se conformarem com aquelas práticas, conservando-se tais quais eram, visto se lhes ter ensinado que Deus não exigia mais do que isso”.

O trabalhador da Seara do Mestre há que respaldar sua atuação na exemplificação sadia e na nobreza íntima para conseguir seu ingresso nas leiras do Bem, jamais se assemelhando a túmulos caiados branqueados por fora, mas contendo podridão por dentro.

Alerta Emmanuel (2):

“(…) não basta erguer braços ágeis, deitar fraseologia preciosa e rebuscada ou provocar excessivo movimento em torno de teus dias, porque há muitas mãos operosas na extensão da sombra, muito verbo faustoso na exploração menos digna e muito ruído vão, provocando, onde existe tão-somente amargura e cansaço.

Ama o serviço que o Senhor te confiou, por mais humilde que seja, e oferece-Lhe as tuas melhores forças, porque do que hoje fazes bem, no proveito de todos, retirarás amanhã o justo alimento, para a obra que te erguerá do insignificante esforço terrestre para o trabalho espiritual”.

Rogério Coelho

Referências:
(1) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 121.ed. Rio: FEB, 2003, cap. VII, item 10.
(2) XAVIER, F. Cândido. Mediunidade e sintonia. Jabaquara: CÉU, 1986, cap. XIII. 

Rogério Coelho
Rogério Coelho

Rogério Coelho nasceu na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais onde reside atualmente. Filho de Custódio de Souza Coelho e Angelina Coelho. Formado em Jornalismo pela Faculdade de Minas da cidade de Muriaé – MG, é funcionário aposentado do Banco do Brasil. Converteu-se ao Espiritismo em outubro de 1978, marcando, desde então, sua presença em vários periódicos espíritas. Já realizou seminários e conferências em várias cidades brasileiras. Participou do Congresso Espírita Mundial em Portugal com a tese: “III Milênio, Finalmente a Fronteira”, e no II Congresso Espírita Espanhol em Madrid, com o trabalho: “Materialistas e Incrédulos, como Abordá-los?” Participou da fundação de várias casas Espíritas na Zona da Mata Mineira.

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