Adaptação

A Natureza oferece fartos exemplos de adaptações e alternativa

“A escarpa de hoje será a planície amanhã.”
                                                     – André Luiz

Sempre previdente e sábia, a Natureza faculta as condições necessárias para que a vida cumpra o seu objetivo… Inúmeros animais utilizam-se do mimetismo como  recurso  de sobrevivência que lhes ampliam as possibilidades da existência. E assim deve também proceder o homem na busca constante da adaptação ao meio em que precisa viver. A Natureza oferece fartos exemplos de adaptações e alternativas…

Toda situação nova e não esperada, provoca uma reação natural pela disposição  atávico-misoneísta das criaturas que as tornam refratárias a mudanças e, por isso mesmo, as que não enfrentam os desafios e perseveram,  procurando  os ajustamentos adequados, estão fadadas à estagnação e ao fracasso.

A Criação, através da Natureza, canta, sem palavras articuladas, a sinfonia da disciplina e da ordem, onde alteia-se  ̶  insofismavelmente  ̶ a realidade do Divino Comando.

Vezes sem conto as procelas desabam de  rijo, vergastando, abatendo, destruindo, provocando o caos… Não obstante, alerta-nos André Luiz  para  a feição boa, para o lado positivo que existe em tudo:  ̶  “as  nuvens mais sombrias refletem  a  luz solar; quando a noite se faz mais caliginosa, a madrugada  inicia o  seu  festival de luz; humilhada e submissa, a água amolda-se a qualquer  recipiente, mas, resoluta e perseverante,  atravessa  o rochedo. (…) A  fé  construtiva  não  teme a adversidade. Toda empresa solicita cultura e prática”.

Saibamos, assim, administrar os percalços da caminhada, extraindo sempre, de tudo  “a  parte  boa”, conquistando a paz, corolário da evolução, cientes da  veracidade da assertiva do “Vidente de Patmos” (Apoc., 2:10): “(…) nada  temas das coisas que hás  de  padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que  sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê  fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa  da vida”.

Judiciosa e sabiamente, aconselha Meimei: “(…) paciência e avancemos. Não importam as pedras e incompreensões… Hoje o relógio do nosso destino deve acertar os ponteiros pela Hora do Cristo.

Se o bem nos inspira, se o amor nos conduz, se o sacrifício pessoal é a nossa norma de ação, se o trabalho e a solidariedade fraternal representam nossas diretrizes, seguimos com o minuto certo, nos passos d`Aquele que nos arrebatou à animalidade e à imperfeição.

Jesus é o nosso Modelo. Buscando-O sempre, a fim de plasmar-Lhe as qualidades divinas em nossa individualidade imperfeita e humana, permaneceremos no lado direito da vida”, verdadeiramente adaptados ao Seu clima.

Mimetizemo-nos pelo padrão do Cristo que prossegue  ̶  vigilante e amoroso  ̶ oferecendo-nos arrimo na segurança de Seu Divino Aprisco.  

Conquanto proceloso nos possa parecer o Oceano da vida, Ele é o Timoneiro  ̶ experiente e sábio  ̶ que haverá de conduzir-nos para os altiplanos espirituais,  onde  daremos graças pelas ásperas escarpas vencidas e pelos espinhos ferintes que alancearam-nos as “carnes da Alma”, mas, sem embargo,  agindo  como buril para o aformoseamento do Espírito Imortal.          

Rogério Coelho