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Remédio amargo, mas que cura

junho 13, 2014

Com o passar do tempo, com a convivência com as pessoas, com o que observo, sinto e passo, chego sempre à conclusão de que a vida é mesmo uma grande escola.
Aprendo demais quando vejo desacertos, melindres, vaidades, desajustes, pessimismo, fúria….e a maioria, muito gratuita.

Fico almejando o dia em que as pessoas entenderão que é necessário se doar mais, e exigir menos a doação das outras pessoas, para satisfazerem seus desejos, caprichos. Todos temos limitações, anseios, desejos, carências, e como podemos exigir dos outros algo que eles também exigem de nós?

Ficamos empatados, cada um rastejando para um canto…um para a direita, outro pra esquerda…quando será que descobriremos que precisamos nos encontrar num ponto, para que, escorados uns nos outros, nos levantemos e caminhemos juntos?

Quando entenderemos que nossas dores são provocadas por nós mesmos, e que só conseguiremos aliviá-las quando ajudarmos primeiro a curar as dores alheias? Que pra sermos felizes, precisamos falar algo que deixe as pessoas felizes, e exigir menos delas também faz com que isso aconteça?

O dia que nos determinarmos a apagar incêndios, curar feridas, ajudar sem esperar recompensa ou elogios e exaltações, a alegrarmos mentes entristecidas, neste dia daremos um passo firme rumo à uma felicidade que nos é possível.

Estou nesta constante vigilância de meus pensamentos e ações, para que eu faça as pessoas sofrerem o mínimo possível com minhas atitudes.
Que todos possamos tomar este remédio (mesmo ele sendo amargo) da paciência, do auxílio a todos sem medida e sem restrições, otimismo e ocultação de pensamentos de baixa qualidade.
Ele desce amargo na garganta, mas ele irá nos curar da infelicidade, da doença, da solidão.

Oceander Veschi