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Conspiração insana

março 20, 2016

jane-maiolo-300x318Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo,
e que não pereça toda a nação.

Conspirar é tramar. Toda trama com objetivos obscuros é loucura.

No Evangelho de João em seu Capítulo 11 e versículos 49 e 50, encontramos o assustador diálogo entre Caifás e os fariseus. Caifás era o sumo sacerdote do templo judaico ao tempo de Jesus.

Após o fenômeno da “ressurreição” de Lázaro inicia-se uma perseguição acirrada a Jesus, o Profeta Galileu.

A presença constante e agregadora de Jesus nas cercanias de Jerusalém, na Judeia, refletia quantos prodígios Ele produzia em benefício dos sofredores de todas as ordens. Maravilhas que transcendiam a compreensão limitada dos homens da época. Estes ignoravam a eficácia do magnetismo, as propriedades do perispírito e os processos curativos que o Cristo oferecia.

O magnetismo estudado por Mesmer, fundador da teoria do magnetismo animal, em seu tempo contribuiu para explicação de muitos dos fenômenos até então catalogados no rol dos “milagres”.

A vida do Cristo era temida pelos líderes religiosos, pois acreditavam que Ele pudesse desestabilizar os seus status de senhores da sociedade dos tempos apostólicos. Para tais senhores a presença corporal e “ressurrecta” de Lázaro comprovava o poderio divino de Jesus e Sua interlocução direta com Supremo Criador.

O homem diminuto em seu comprimento espiritual e moral, nunca suportou a luz dos sublimes disseminadores do amor na Terra. Permaneceu afeito às sombras do egoísmo, sempre que tangido pela luz sublime dos luminares celestes. Sim, o homem comum sentia-se sob o tacão de perturbadores sentimentos quando diante dos agentes da luz.

Caifás é o símbolo do orgulho e da prepotência e ao vislumbrar a luz da Verdade angustia-se, conspira, ensandece, determina.

Por vezes esquecemo-nos que somos destinados à perfeição e nos demoramos nas faixas primárias dos sentimentos infantis e egoicos, cultivando hábitos infelizes como a maledicência, calúnia, injurias leviandades e perseguições soezes, comprometendo nosso campo mental e, por conseguinte, vibratório.

Caifás ainda vibra em nossas emoções, pensamentos e ações cristãs. Permanece em nós, muito do desejo de ver homens cairem para salvar a nação dos nossos interesses pessoais.

Desde os primórdios do Cristianismo lutamos para estabelecer relativas verdades humanas esquecendo-nos do bem e da fraternidade universal como ensinou Jesus. É bem possível ouvir a advertência joanina “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, porém o que constitui esse conhecimento e o que significa a verdade citada pelo evangelista?

Conhecimento é um conjunto de princípios, crenças e valores armazenados nas regiões operacionais da nossa individualidade postos em ação sempre que assim o desejarmos. Entretanto, nem sempre conhecer é compreender consciente, emocional e ou espiritualmente alguma coisa.

Na linguagem do Antigo Testamento a expressão conhecer pode significar relações mais essenciais conosco mesmos. Portanto a advertência do Evangelista está no sentido de que é necessário estabelecermos um relacionamento essencialmente íntimo com a Verdade para que experimentemos a fecundidade do Evangelho em nossas emoções, pensamentos e ações.

Nesse contexto a Verdade será capaz de gerar em cada um nós a libertação dos desejos que nos aprisionam nas sensações ilusórias do domínio e do controle, afastando-nos das conspirações alucinadas e inúteis.

“Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação”, determinava Caifás e proclamavam as mentes desavisadas, prematuras e inseguras.

Jesus é a Verdade e continua a nos convidar para um relacionamento necessariamente íntimo e fecundo.

Saibamos aguardar. O Mestre Redivivo está no leme das nossas embarcações convidando-nos: “Vós pouco sabeis, mas podeis aprender comigo que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, se assim o desejarem.”

Jane Maiolo

Referencia Bibliográfica:
Evangelho de João 11:49 a 50.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em
<https://www.lds.org/bible-videos/videos/to-this-end-was-i-born?lang=eng#gallery=>.
Acesso em: 20MAR2016.

Jane Maiolo
Jane Maiolo

Professora de Ensino Fundamental, formada em Letras e pós-graduada em Psicopedagogia. Dirigente da USE Intermunicipal de Jales. Colaboradora da Sociedade Espírita Allan Kardec de Jales. Pesquisadora do Evangelho de Jesus. Colaboradora da Agenda Espírita Brasil. Apresentadora do Programa Sementes do Evangelho da Rede Amigo Espírita.

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