650 visualizações

A boa educação é o melhor investimento do Espírito!

julho 21, 2016

francisco_rebouçasQuando o homem entender que a educação constitui-se em alicerce seguro para uma pacífica e equilibrada vida em comunidade, por promover os legítimos processos de respeito e justiça que ensejam a evolução moral do indivíduo e, consequentemente, da sociedade, tudo se modificará para melhor. A educação não se resume simplemente num preparo para a vida através do desenvolvimento intelectual do indivíduo mediante a aquisição de conhecimentos pelos métodos da aprendizagem acadêmica.

“Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem.

Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor”. (1)

Precisamos saber diferenciar a educação da instrução. A instrução é setor da educação no qual os valores do intelecto encontram necessário cultivo.

A educação, porém, abrange área muito maior, não se restringe apenas ao desenvolvimento da cultura externa do indivíduo, representa a transformação moral e espiritual do Ser criado para a perfeição e felicidade relativas.

“(…) A educação, convenientemente entendida, cons­titui a chave do progresso moral.

      Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita experiência e profunda observação (…)” (2)

É preciso que se entenda a educação como um processo de desenvolvimento de experiências, no qual o educador e educando desenvolvem as aptidões inatas, aprimorando-as, de forma consciente, para uma utilização adequada nas múltiplas oportunidades da existência. Tem como objetivo maior o intercâmbio de experiências para uma aprendizagem mútua, com a formação de hábitos no desenvolvimento do intelecto, para que a educação se torne um procedimento, contínuo e permanente, em que as experiências se fixem ou se reformulem, tendo em vista as exigências de uma convivência pacífica na socie­dade.

Os métodos educacionais devem levar em conta as condições mentais e emocionais do aprendiz, em alguns casos pelo processo da repetição, em outros tantos, cabe ao educador buscar práticas motivacionais incentivando o educando a novas descobertas e, facilitando sua aprendizagem, entendendo que não há métodos infalíveis, nem fórmulas milagrosas, pois o método que deu certo para uma comunidade, pode não dar certo em outra. Para cada caso, a aplicação dos métodos e escolha das matérias merece o cuidado criterioso do educador que deve respeitar a natureza intelectual, emocional e psicológica de seus educandos.

A finalidade da boa educação está muito além das linhas da esco­laridade, deve visar o alcance e equilíbrio da razão para que o indivíduo compreenda que é muito mais que um simples corpo físico, e passe a se ver como ser espiritual em processo evolutivo, a caminho da pureza espiritual que nos aguarda no porvir. Por isso mesmo, torna-se imprescindível começar a ser ministrada desde os primeiros passos da vida física do espírito encarnado.

“Desde pequena, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho (…)” (3)

A criança não pode ser vista como um “adulto miniaturizado”, pois não carrega consigo o manual de informações de suas mais íntimas necessidades espirituais. A criança é alguém de volta às experiências materiais, esquecido das realizações positivas e negativas que traz das vidas pretéritas, empenhada na reforma moral que precisa empreender em seu próprio benefício, carecendo desde cedo dum apurado cuidado de seus pais ou responsáveis, para verificar suas tendências, na maioria das vezes, inferiores, a fim de corrigir e disciplinar o rebelde que, apesar da manifestação física em período infantil, é espírito relapso, rebelde mais de uma vez acumpliciado com o erro e a ele, fortemente vinculado, em fracassos morais sucessivos.

Compete aos pais ou responsáveis no santuário do lar alicerçar em seus filhos os legítimos valores da educação e não transferir para a escola as responsabilidades que lhes estão confiadas. A escola tem por finalidade, continuar esse trabalho dando sua contribuição na formação inte­lectual para as experiências que os aguardam, nas exigentes relações sociais que eles vivenciarão. O lar constrói o homem, e a escola forma o cidadão.

O Espiritismo, sendo uma doutrina eminentemente racional, oferece preciosos recursos para a edificação dos valores da educação, porque valoriza as ocorrências desde as raízes da vida do Ser reencarnado, através dos tempos, de modo a elucidar as tendências positivas ou negativas que repontam desde os primeiros dias da conjuntura carnal, com respostas precisas para uma melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no aprimoramento da arte de viver, apontando aos reiniciantes o caminho redentor, através da porta estreita dos esforços para que se tornem homens de bens voltados para Deus.

Francisco Rebouças

Bibliografia

(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo espírito Emmanuel, Livro: Fonte Viva- FEB. 1ª edição especial Cap. 4;

(2) Kardec, Allan, O Livro dos Espíritos, FEB. 76ª edição, questão 917;

(3) Kardec, Allan, O Evangelho segundo o Espiritismo, FEB. 112ª edição, capítulo 14º, item 9.

Nota do Editor:

Imagem em destaque disponível em < http://manualdohomemmoderno.com.br/comportamento/5-filmes-que-vao-te-ajudar-sair-da-bad-e-que-voce-provavelmente-ainda-nao-viu>. Cena do Filme À procura da felicidade. Acesso em 20JUL2016.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

Deixe aqui seu comentário:

Divulgue o cartaz do seu evento espírita.

Clique aqui
Abrir bate-papo
Precisa de ajuda?
Olá! Como podemos ajudá-lo(a)?