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A degeneração da personalidade

março 12, 2017

“Pilatos perguntou-lhe outra vez: Nada respondes? Vê de quantos delitos te acusam!” (1)

A reencarnação, como lei natural, na sua expressão mais simples, consiste no retorno do Espírito às experiências no mundo físico. Como um dos princípios básicos da Doutrina Espírita, ensinam os Benfeitores, que a reencarnação é oportunidade de recomposição dos caminhos, reparação dos erros, reaquisição de valores morais e reequilíbrio das energias psíquicas e emocionais.

É fato que, mergulhados na persona, muitas vezes, nos equivocamos e nos afastamos de nosso planejamento reencarnatório. Por diversas vezes o Espírito, senhor de suas opções, quando credor, pelo atributo divino da relativa liberdade de escolha, comete infrações que lesam o seu patrimônio espiritual, comprometendo-se com porvindouros ingressos no arcabouço fisiológico sob os impactos de densas experiências provacionais e ou expiatórias.

Deus, que é Amor, como nos lembra o apóstolo João, permite-nos nova aprendizagem, a fim de que haja uma harmonia divina no ordenamento da Sua criação.

Imperioso lembrar, porém, que não existe comoções de caráter punitivos nos estatutos e códigos divinos. Ensina-nos o Espiritismo que a existência física oportuniza aprendizagem, às vezes indesejadas por espíritos rebeldes, insolentes e comprometidos com as leis divinas.

O Espírito Emmanuel nos ensina que:

“A lei divina é uma só, isto é, a do amor que abrange todas as coisas e todas as criaturas do Universo ilimitado (…) A concessão paternal de Deus, no que se refere à reencarnação para a sagrada oportunidade de uma nova experiência, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da Lei (…) Todavia, essa oportunidade só é concedida quando o Espírito deseja regenerar-se e renovar seus valores íntimos pelo esforço nos trabalhos santificantes.” (2)

Deste modo, a reencarnação é o amor do Criador, em movimento, regenerando a criatura.

O espírito em evolução, por inúmeras causas, engendra-se em experiências dolorosas como prova ou em face da consequência de suas ações mentais fixadas na má persona do passado, conservando, assim, sentimentos que necessitam de reajustes forçosos. Dessa forma, decorre a degeneração de suas potências sublimes, porquanto criatura energética e luminosa, produzindo as deformidades de ordem fisiopsíquicas, refletidas no corpo físico.

As deficiências orgânicas são, quase sempre, reflexos da queda de potencial das energias espirituais.

A doença é sempre o efeito e nunca a causa das dores.

A dor tem função corretiva, pedagógica, instrutiva e reeducativa, portanto, não dimana de Deus, porque segundo a Lei é reflexo de quem erra.

Degenerar-se significa decompor-se, corromper-se, depravar-se, moralmente.

A advertência do “Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz”, anotada pelo evangelista Marcos, traz a reflexão oportuna para traçar novos rumos evolutivos.

Não haverão acusadores e nem  juízes.

Despertemo-nos para a grandeza da evolução e glorifiquemos a reencarnação.

Jane Maiolo

Referências Bibliográficas:
(1) Marcos 15,4; e
(2) XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo espírito Emmanuel, questão 333, RJ: Ed. FEB, 1942.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.pinterest.com/autumn31813lk/jesus-of-nazareth/>. Acesso em: 12MAR2017.

Jane Maiolo
Jane Maiolo

Professora de Ensino Fundamental, formada em Letras e pós-graduada em Psicopedagogia. Dirigente da USE Intermunicipal de Jales. Colaboradora da Sociedade Espírita Allan Kardec de Jales. Pesquisadora do Evangelho de Jesus. Colaboradora da Agenda Espírita Brasil. Apresentadora do Programa Sementes do Evangelho da Rede Amigo Espírita.

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