Divulgação Espírita: despertemo-nos!

Alkíndar de Oliveira
19/04/2017
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“Divulgar o Espiritismo por todos os meios e modos dignos ao alcance é tarefa prioritária.” (1)

Percebemos, de forma clara, que começam a surgir no meio espírita, expressivo número de dirigentes e trabalhadores que abriram os olhos para a importância premente da divulgação espírita além-paredes. Por exemplo, em Fortaleza, Ceará, já se tornou tradição o TEATRO TRANSCENDENTAL, evento anual aberto ao público, produzido por espíritas e dirigido com alta qualidade técnica e artística. Em eventos como esse, subliminarmente – e também diretamente – os princípios espíritas são divulgados aos não espíritas.

Peças teatrais espíritas de grande qualidade artística percorrem todo o nosso país. Filmes espíritas começam a surgir. A mídia impressa descobre o Espiritismo.

Disse o espírito Marcelo Ribeiro, pelas mãos de Divaldo Franco: “O Espiritismo é o antídoto eficiente e rápido para os males que grassam, na Terra, derruindo o materialismo e promovendo a vida”. Esta afirmação nos alerta que a divulgação dos princípios espíritas é um dos focos mais urgentes de nossa seara, como também reforça o amável irmão e mestre Bezerra de Menezes na introdução deste texto.

Começa a surgir um número expressivo de seareiros abraçando a tarefa de divulgar o Espiritismo a quem não o conhece. Por outro lado, ainda é muito maior o número de dirigentes e trabalhadores que não têm essa visão. Lembro-me quando um amigo espírita alertou-me: “nós espíritas estamos falando para nós mesmos”. Este comentário fez-me abrir os olhos – pela primeira vez – a essa realidade! O fato é que fazemos palestras para espíritas, congressos para espíritas, eventos para espíritas. Em contrapartida, Kardec deixa claro que, além do objetivo essencial do Espiritismo, que é o nosso desenvolvimento espiritual, o Espiritismo veio propiciar as bases para uma nova sociedade. O desafio é: como formaremos uma nova sociedade se continuarmos falando somente para nós mesmos?

Você sabia, caro leitor, que nos Estados Unidos, um país não espírita, são proferidas mais palestras sobre reencarnação abertas ao público que no Brasil, que é o maior país espírita do mundo? Será que não nos está faltando ousadia para quebrarmos os limites físicos dos nossos Centros Espíritas e levarmos a mensagem espírita além-paredes?

Atualmente, ficamos felizes por saber que grandes livrarias têm geralmente uma seção de livros espíritas. O que é bom. Mas o ideal é que além desta seção, os livros de alta vendagem – do espírito Emmanuel, por exemplo – ficassem também expostos nas bancas principais das livrarias, isto é, naqueles espaços onde estão os livros-destaque de diversos segmentos e temas. O que estamos fazendo para isto ocorrer?

Na ausência de nossa atuação eficaz na divulgação espírita aos não espíritas, a espiritualidade toma a iniciativa de fazer sua parte. Por exemplo: induz não espíritas a produzirem sérias reportagens em revistas de grande circulação como VEJA, ÉPOCA e ISTO É; a produzirem novelas com cunho espírita no canal de maior audiência do País (TV Globo); a produzirem filmes sobre temas espíritas, com sucesso mundial, vindos do país com maior capacidade técnica e diretiva de filmagens (os Estados Unidos). A espiritualidade está atuando. E nós, o que estamos fazendo em relação à divulgação aos não espíritas? Continuaremos falando para nós mesmos? Insistiremos em fazer Congressos para nós mesmos?

Algo auspicioso na direção da divulgação é o fato de espíritas brasileiros terem iniciado a confecção de filmes com teor espírita. Mas o mestre Allan Kardec nos orientou: “Uma publicidade, numa larga escala, feita nos jornais mais divulgados, levaria ao mundo inteiro, e até aos lugares mais recuados, o conhecimento das ideias espíritas, faria nascer o desejo de aprofundá-los, e, multiplicando os adeptos, imporia silêncio aos detratores que logo deveriam ceder diante do ascendente da opinião”. (2)

Você sabia que na cidade do Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século 19, havia uma coluna semanal espírita no jornal de maior circulação do País? O jornal chamava-se O País (seria a Folha de São Paulo de hoje) e o autor dos textos tinha o nome de Bezerra de Menezes, que utilizava do pseudônimo Max. Para refletirmos fica sugestão: por que não tomar esta iniciativa em um dos jornais da sua cidade?

Alkíndar de Oliveira

Referências Bibliográficas:
(1) Pelo Espírito Bezerra de Menezes, psicografia por Divaldo Franco. Reformador, Janeiro de 2005; e
(2) KARDEC, ALLAN. Projeto 1868 – Obras Póstumas.

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque da peça “Allan Kardec / Um Olhar para a Eternidade” disponível em <https://www.facebook.com/Allan.Kardec.Um.Olhar.Para.A.Eternidade/>. Acesso em: 19ABR2017.

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