Céu e inferno

Dois extremos estados de consciência, peculiarmente forjados e moldados nas oficinas dos nossos comportamentos; de um lado, o bem estar à felicidade, à alegria… Do outro, o sofrimento, a angústia, a dor, que são os efeitos das inobservâncias e desobediências às leis, onde desfilam os vilões do desamor, não bem-vindos aos labirintos da consciência virtuosa.

Estamos mergulhados numa vida de tarefas a cumprir, como também ganhar o pódio da sublimação, isto é, sair do “homem menos para o homem mais”. Eis aí a questão!!! Ser ou não ser? Para tal mister, somos regidos pelo livre-arbítrio e cada um é soberano na escolha.  Nessa odisséia rumo ao céu, vivemos momentos felizes, mas também, por imperícia, negligência ou imprudência, sucumbimos…  Aqui, os vícios comandam as expectativas e enfeitam os caminhos da ilusão, que é um passo para o inferno, enquanto que as virtudes que nos levam para o céu, ficam em segundo plano e pouco desejadas.

Assim, nosso estágio flui nos palcos do bem e do mal, donde objetivamos o céu, é claro!

Mas nem sempre agimos com a justiça e o amor.

A princípio, ninguém escolhe o inferno, porque ele aparece camuflado e recheado com todos os tipos de prazeres efêmeros que aguçam nossas vontades e desejos. Então, para ganhar o céu precisamos, no mínimo, ser bons e prosperarmos com as virtudes cumprindo a máxima: “Não faça ao outro, aquilo que não quer para você”.

E isso ocorrerá se estagiarmos com o dom da paciência, da razão, da ética, da justiça, e com sede de evoluir, que tem em seu bojo, a sutileza e a força do amor. São meios que nos deixam jubilosos e desviam-nos das regiões não banhadas pela luz.

João Gubolin

Nota do editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2017/02/01/cia-teatral-mensageiros-apresenta-peca-o-ceu-e-o-inferno-baseado-na-obra-de-allan-kardec-tijuca-rj/>. Acesso em: 21ABR2017.