Era para eu me separar?

Fernando Rossit
17/07/2017
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Não, não era para você se separar.

Mas pode ser que não era para você se casar também.

As possibilidades são muitas porque quase sempre vai depender da nossa escolha. Nossa vida não é uma fatalidade, eis que podemos, a todo instante, mudá-la de rumo.

Ocorre que num casamento ou envolvimento afetivo de qualquer natureza temos que considerar os compromissos assumidos.

As consequências de nossas atitudes com relação ao outro são de nossa responsabilidade.

Uma separação causa muito sofrimento para todos: cônjuges, filhos e familiares. Conheço dezenas de filhos de pais separados que estão fazendo terapia e tomando psicotrópicos por conta da separação. Sem contar aqueles que buscaram nas drogas um “refúgio” para diminuir suas dores.

Para alguns casos a separação é a melhor opção para todos, incluindo os filhos. Um exemplo seria a violência no lar com riscos de morte.

O fim do casamento pode ocorrer, mas não devemos permitir o fim da família. A família deve continuar, com o apoio àqueles que precisam. Que os filhos tenham “duas famílias” – a do pai e a da mãe – mas que não fiquem sem nenhuma. As crianças precisam se sentir seguras e saber que o amor por elas é algo que não vai acabar com fim do casamento.

O fim de um relacionamento pode estimular a mesma parte do seu cérebro ativada pela dor física, então é fácil ser afetado por ele. Haverá então um sentimento físico e mental de “perda”.

Os Estudos a respeito indicam que o término de um relacionamento é mais difícil para o homem. Oitenta por cento dos divórcios nos Estados Unidos são pedidos pela mulher.

Os homens têm uma tendência em achar que eles podem consertar o relacionamento.

A parceira costuma ser sua melhor amiga, portanto a única pessoa na sua vida com quem ele se abre de forma totalmente confortável. Então, quando você ameaça tirar isso dele, ele perde a sua maior confidente, e isso pode ser devastador.

Do ponto de vista espiritual, atraímos e somos atraídos irresistivelmente por pessoas com quem tenhamos laços significativos. Amor e ódio ligam os espíritos através dos séculos, às vezes milênios.

Então, se é verdade que podemos ser atraídos por pessoas “certas”, com quem nos afinizamos, também é verdade, e muito comum em nosso estágio evolutivo, que somos atraídos por espíritos que reencarnam próximos de nós para que nos reajustemos uns com os outros.

Boa parte das obsessões crônicas decorrem de problemas amorosos: traições, abandono, rejeição, assassinatos passionais.

Não podemos subir um degrau evolutivo sem superar a prova equivalente ao degrau em que estamos.

Se esta prova é um relacionamento difícil, não devemos simplesmente fugir dela. Isso é adiar essa prova para um futuro provavelmente com circunstâncias mais difíceis.

Somos responsáveis pelos nossos afetos e pelos compromissos que firmamos. O abandono destes compromissos acarreta, inevitavelmente, débitos espirituais entre as pessoas envolvidas.

Quando nascem os filhos, são mais espíritos envolvidos, quase sempre obedecendo a um planejamento da espiritualidade maior que cuidou para que tivéssemos oportunidade de nos reunirmos sob o mesmo teto na tentativa de harmonização.

A família é o laboratório espiritual na Terra.

Por isso é importante tentar manter o casamento até onde for possível, investindo nele por meio de atitudes saudáveis de respeito, amizade e companheirismo, gentileza e amor.

As pessoas que Encontramos Fora do Casamento

As pessoas que encontramos fora do casamento podem nos parecer muito interessantes unicamente pelo fato de estarmos entediados, desgostosos ou decepcionados com o casamento. Quando estamos carentes não precisa muito para despertar uma paixão, que é facilmente confundida com um grande amor.

Podemos encontrar, realmente, alguém com quem tenhamos laços de amor. Mas isso não nos dá o direito de abandonarmos a pessoa com quem estamos compromissados. Podemos fazer isso, é claro. Mas cientes de que estamos agravando uma situação de conflito com a pessoa que abandonamos, talvez gerando uma inimizade, muitas vezes inviabilizando o convívio harmonioso entre pais e filhos.

Cada pessoa sabe de si – ou deveria saber – e cada um deve saber até que ponto é possível manter um relacionamento conjugal.

Não se pode estimular a troca de parceiros. Nosso aprendizado requer esforço. E este esforço, em se referindo aos relacionamentos, é um exercício constante de paciência, tolerância, compreensão e aceitação de novos pontos de vista.

Achar que temos condições de “seguir o que diz o coração” é superestimar a capacidade humana atual, em que nos deixamos levar por paixões, desejos e atração física: “ser feliz a qualquer preço, pois a vida é curta”.

Isso tem um preço muito alto nesta e noutras vidas.

Todos têm o direito de novas chances, de tentar de novo, afinal, ninguém nasce pra sofrer.

Mas há que se pesar com muito cuidado os prós e contras. E dificilmente alguém que esteja apaixonado consegue ser imparcial. Mente para si mesmo exagerando os defeitos do seu cônjuge atual porque está entusiasmado com as qualidades irreais que a sua paixão atribui à pessoa por quem se apaixonou.

O matrimônio, desse modo, é uma sociedade de ajuda mútua, cujos bens são os filhos — Espíritos com os quais nos encontramos vinculados pelos processos e necessidades da evolução.

Pensa, portanto, refletindo antes de casar. Reflexiona, porém, muito antes de debandar, após assumidos os compromissos.

Quando um dos cônjuges não quer, é muito difícil manter a união. Caso tenha acontecido com você, levante a cabeça e busque a renovação interior, com a autoanálise sincera. Aproveite a experiência que passou, sem culpar ninguém. Não se faça de vítima. Assuma seus erros e cresça.

Os sofrimentos podem nos elevar a patamares de compreensão da vida nunca vistos, se bem aproveitados.

Se você se considera “vítima” do cônjuge que partiu, perdoe sempre, confie e siga em frente, fazendo o bem que puder.

Suas cicatrizes são a prova de que você sobreviveu. Então comemore.

Fernando Rossit

Notas do autor:
– Amanda McCoy – UOL
– www.espiritoimortal.com.br/separacao-divorcio-uma-visao-espirita/#sthash.4Sz4pqyZ.dpuf
– Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco
-O Evangelho Segundo o Espiritismo
-Fernando Rossit : com excertos de matérias acima citadas.

Nota do Editor:
Imagem ilustrativa e em destaque disponível em <https://www.marriage.com/advice/separation/guideline-for-a-trial-separation-three-thoughts-to-consider/>. Acesso em 17JUL2017.

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