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Nada nem ninguém nos pertence

julho 21, 2017

Costuma ser muito curiosa a maneira como as criaturas humanas, em geral, vivem na Terra, quando se trata das suas relações com o mundo.

Desde tempos imemoriais, o ser humano passou a se apoderar do solo como sendo seu, propriedade sua, passou a formar sua tribo, seu grupo social e sua família.

Conseguiu por meios diversos adquirir seus animais, sua plantação, sua riqueza. Ao longo do tempo tornou-se poderoso, amedrontador, senhor de tudo: de ouro e gemas; de dinheiro; de títulos de nobreza; de pessoas tornadas escravas ou vassalas.

Apesar de tudo que ajuntou com trabalho digno ou com arbitrariedades, de tudo quanto bradava possuir, bastou que fosse tocado pela mão da morte para ser forçado a deixar na Terra o que dela não pode sair, ou seja, todos os bens materiais e os relacionamentos humanos.

Com a morte, orgulho e vaidade tornam-se pesos mortos que complicam nosso desenvolvimento no Além. Familiares biológicos apenas são os companheiros da evolução que nos auxiliam a fazer as conquistas espirituais que precisamos. Pessoas e haveres passam por nossa vida e por nossas mãos, mas não nos pertencem, em definitivo.

Quanto mais cedo desenvolvemos a consciência de que de nada somos donos absolutos no mundo, mais cedo passamos a experimentar harmonia interior, que nos leva a viver com leveza, sabendo aproveitar com sabedoria tudo o que o trabalho honesto pôs sob nossos cuidados, sob nossa administração. Aprendemos a fazer o melhor proveito das oportunidades de visibilidade e prestígio social, a fim de realizar o que seja melhor para que a existência humana flua sem complicações onde estivermos.

Tudo fica melhor quando a alma humana, no uso da abençoada reencarnação terrestre, vai aprendendo a se desapegar tanto de pessoas quanto de coisas, sem que isso represente indiferença ou ausência de fraternidade ou de amor; sem que isso possa ser visto como hipocrisia.

Nada é nosso, realmente, dentre as coisas que pertencem ao planeta físico ou dentre aqueles que ocupam posições em nosso presente, posições que podem ter sido diferentes em prováveis vivências do passado, ou que poderão ser distintas nos dias futuros.

As relações familiares humanas só atendem aos planos divinos, que contemplam o nosso crescimento incessante para a imensidão, onde vibra, amoroso, o amor do Pai Celestial.

Psicografia de Raul Teixeira, pelo Espírito Benedita Maria.

Francisco Rebouças
Francisco Rebouças

Pós-Graduado em Administração de Recursos Humanos, Professor, Escritor, Articulista de diversos veículos de divulgação espírita no Brasil, Expositor Espírita, criador do programa: "O Espiritismo Ensina".

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